sexta-feira, 9 de março de 2012

PROGRAMA 10

Padrasto maltratava com atrocidade e abusava sexualmente do enteado de 2 anos


      Pois é...
      Você que está aí em casa, já treme... Eu já tremo com o caso que vos vou contar hoje.
      Uma criança de dois anos (é verdade), uma criança de dois anos...
      Mas, que culpa... mas, que culpa terá uma criança de dois anos por ter vindo ao mundo?
      Penso nestas palavras: "Que culpa terá uma criança de dois anos por ter vindo ao mundo?"
      Este caso que vos vou contar passa-se nos arredores de Lisboa.
      Uma família, uma família que até ali era uma família alegre, uma família bem-disposta. Um casal novo. Problemas económicos... problemas económicos levaram à separação deste casal. Este casal que entrou por caminhos que não devia. Não eram casados, viviam juntos.
      E, eis que, sem nunca se saber muito bem porquê, o padrasto começou a ser violento, violento, violento. Batia na mãe daquele menino de dois anos.
      Aquele menino assistia a tudo.
      Ninguém conseguiu... ninguém conseguiu perceber o que se passava dentro daquela casa.
      Triste cenário... triste cenário!
      Triste vida daquele miúdo de dois anos... triste vida... triste vida!
      Pois é... pois é!
      Mas, agora, você ainda não sabe é o resto da história, verdadeiramente deprimente... verdadeiramente deprimente.
      Eu só de pensar que, ontem, ontem mesmo, tive a minha casa repleta de crianças, repleta de crianças e vi o carinho com os pais estavam a tratar aquelas crianças, numa festa em minha casa, crianças de um ano, dois, três anos. Mas, que alegria... Mas, que alegria!
      Naquele momento, eu pensei naquele rapazinho de dois anos... o sofrimento daquele rapazinho...
      Imaginem, imaginem que este padrasto desta criança de dois anos, um rapaz, começou a violá-lo, a violentá-lo!
      Imaginem que que lhe levou o aquecedor para lhe queimar as palmilhas dos pés!
      Queimou-lhe os olhos com um cigarro!
      Dava-lhe pontapés...dava-lhe pontapés na cabeça!
      E ninguém, ninguém, ninguém dava o alarme, ninguém dava o alarme!
      Aquela jovem mãe não sabia o que havia de fazer... aquela jovem mãe não sabia, não sabia. Tinha medo dele. Ele batia-lhe. Ele fechava-a em casa. E aquela criança sempre, sempre, sempre a ser maltratada.
      Imaginem o que é! Pegar num cigarro a arder e queimarem-lhe na cara... queimarem-lhe nas orelhas... queimarem-lhe nas pernas...
      E sabem o que este desgraçado fez?
      O que é que ele merecia...?
      Até no órgão genital da criança, até no órgão... no seu pénis pequenino... coitadinho... este rapazinho sofreu.
      Mas, esta mãe, um dia, conseguiu, conseguiu libertar-se destas amarras todas. E foi com o miúdo ao hospital. Os médicos ficaram impávidos com as maselas deste menino de dois anos...
      O depoimento, o depoimento em tribunal chocou... chocou toda a gente, inclusivamente, os inspetores da Polícia Judiciária. Aquilo que este homem disse que fez àquela criança de dois anos chocou estas pessoas todas... chocou estas pessoas todas que estão habituadas com casos parecidos, mas nunca como este... nunca como este...
      Violência extrema num ser apenas de dois anos!
      Este caso está a ser investigado mais aprofundadamente. Chegou-se à conclusão que estes maus-tratos já duravam a alguns meses...
      Este homem ficou em prisão preventiva... este homem ficou em prisão preventiva. E, digo eu, Xerife Penas, digo eu: "Ficou muito bem! Ficou lá mesmo, mesmo, mesmo muito bem!"
      Mas, agora... mas, agora, os responsáveis, a Segurança Social, a Comissão de Proteção de Menores, agora, têm de dar um lar a esta criança. Esta criança não pediu para vir ao mundo. Esta criança não merece sofrer...
      Oxalá, oxalá que estas pessoas que têm capacidade para resolver esta questão consigam dar-lhe um futuro melhor a esta criança!
Xerife Penas falou, tá falado!



Desvios na contabilidade do Supremo Tribunal de Justiça

    Este caso tem a ver muito como algumas instituições deste país são geridas.
      E, agora, imaginem a instituição de que vou falar... O Xerife Penas não tem medo! O Xerife Penas vai falar numa instituição: Supremo Tribunal de Justiça. Exatamente... Supremo Tribunal de Justiça.
      Acima do Supremo Tribunal de Justiça só existe, na hierarquia da Justiça, o Tribunal Constitucional.
      Pois é... pois é, meus amigos...
      Sabem o que é que acontecia nesta instituição?
      Pois, eu vou-vos contar...
      Ricardo Cunha... Ricardo Cunha era um administrador do Supremo Tribunal de Justiça.
      Esta instituição tem que ser completamente imparcial. Esta instituição tem que ser absolutamente impoluta...
      Mas, agora, sabem o que é que se passava lá?
      Já sabem o que é comprar relógios de 4 000 euros, 5 000 euros, 6 000 euros para prendas...?
      Você que paga os seus impostos, como eu, não acha isto uma imoralidade... você não acha isto uma imoralidade?
      O Supremo Tribunal de Justiça...
      Esta instituição que tem que ser completamente impoluta...
      Não pode haver suspeitas...
      Pois é...
      Mas, este senhor, este Ricardo Cunha, na qualidade de administrador do tribunal permitia que isto acontecesse.
      E mais... Olhem para aquilo que eu vou dizer a seguir... olhem para aquilo que eu vou dizer a seguir...
      Este senhor está acusado de ter desviado obras de arte do Supremo Tribunal de Justiça no valor  de quase 400 000 euros... Obras de arte do Supremo Tribunal de Justiça desapareceram no valor de mais de 400 000 euros... 400 000 euros!
      Este homem conseguiu enganar toda a gente dentro daquela instituição.
      Mas, um dia... um dia, uma funcionária atenta, uma funcionária que já andava algo desconfiada de certos ambientes que estavam ali a acontecer. Essa senhora, a Filomena Vieira, pensou: "Eu tenho de prestar um bom serviço ao país, aqui. Eu não vou permitir que a instituição onde eu trabalho esteja a cometer erros desta natureza!"
      Esta senhora ganhou força suficiente. Esta Filomena Vieira foi fazer queixa às autoridades competentes.
      A Polícia Judiciária começou a investigar e viu que o caso, se calhar, ainda é mais grave...o caso tem anos... este caso tem alguns anos!
      Filomena Vieira zelou por todos nós.
      Este caso vai ter certamente uma condenação, tem que ter uma condenação!
      Mas, agora, nós que pagamos custas nos tribunais, nós que pagamos rodos de dinheiro quando temos que recorrer à Justiça e temos, agora, responsáveis, administradores do Supremo Tribunal de Justiça a cometer estas barbaridades?
      Como é que o Senhor se sente, você que está aí em casa?
      Este caso continua a ser investigado. Este caso está no Tribunal Criminal de Lisboa.
      Eu estou revoltado. Eu estou revoltadíssimo. Assumo, aqui, a minha revolta.

      Xerife Penas falou, tá falado!
       

PROGRAMA 09


Bebé de dois anos viu o seu próprio pai violar a sua mãe


    Mais um caso arrepiante!
      Bebé de dois anos viu o seu próprio pai violar a sua mãe!
      É verdade!
      Bebé de dois anos viu o seu próprio pai violar a sua mãe!
      Dizem estudos científicos que as crianças, quando presenciam factos que os marcam, nunca mais os esquecem. Até aos cinco anos, as crianças conseguem fixar na sua mente casos que os vão marcar para toda a vida.
      Agora, imagine uma criança de dois anos a viver, desde que nasceu, num ambiente de violência, num ambiente de violência...!
      Mas, ninguém contava isto às autoridades... ninguém contava isto às autoridades! Mas, esta família não morava isolada, esta família vivia em Vila Nova de Gaia, vivia no centro de Vila Nova de Gaia.
      Esta mulher, de 22 anos, que todos os dias aparecia com marcas por todo o corpo, que se queixava, que se queixava... mas, não teve uma alma, não teve uma alma que lhe dissesse qual era o caminho que ela tinha de ter.
      O seu marido de 42 anos, mais velho 20 anos, espezinhava-a, batia-lhe, fazia-lhe tudo.
      E mais... ele sabia que ela sofria mais se ele fizesse isso na presença do seu filho de dois anos!
      Uma criança de dois anos a sofrer tanto, a sofrer tanto...
      Mas, porquê?
      Mas, porquê?
      Agora, percebem por que este caso é arrepiante... agora, percebem por que este caso é arrepiante...
      Mas, este homem (este homem não amava nada nem ninguém... não amava o seu próprio filho de dois anos) cometeu um erro maior, um erro muito, muito, muito maior!
      Obrigou a sua mulher de 22 anos a fazer sexo... a fazer sexo com ele na presença do miúdo...
Ela com o miúdo ao colo e ele a violá-la...!
      Mas, como é que é possível? Mas, como é que é possível?
      Esta mulher ganhou força.
      Esta mulher, várias vezes saiu de casa, Mas, ele ia buscá-la!
      Mais uma chapada! Mais um murro!
      Esta mulher quase não tinha família. Não tinha um irmão a doer-se por ela, não tinha um pai a doer-se por ela, não tinha um amigo a doer-se por ela. Tinha um marido bruto, bruto, bruto...
      Mas, um dia, esta mulher de 22 anos ganhou força suficiente. Fez queixa às autoridades. foi à polícia. Mostrou as marcas, mostrou as nódoas do seu corpo, mostrou um olho completamente negro e disse o que é que este homem lhe fazia, o que é que ele fazia.
      A autoridade agiu. A autoridade foi lá a casa e apanhou-o em flagrante. Apanhou-o a bater-lhe... apanhou-o a bater-lhe.
      Foram feitos exames. Provou-se a violação... provou-se a violação.
      A polícia judiciária agiu... a polícia judiciária agiu.
      Esta caso, agora, está no tribunal de Vila Nova de Gaia. Este caso vai ser julgado.
      Este homem está em prisão preventiva... e bem! Xerife Penas diz: "E bem, está muito bem em prisão preventiva!"
      Este caso, digam-me, é muito arrepiante. Mas, digam-me...
      Por isso, é que eu estou mesmo a tremer... eu tremo...
      Uma criança de 2 anos... uma criança de 2 anos a passar por isto!
      Pois... pois, é!
      Este caso é complicadíssimo, muito complicado...
      Mas, o Xerife Penas disse o que tinha a dizer sobre este caso.
     
      O Xerife Penas falou, tá falado!  

Filho ingrato mata o pai para receber seguro de vida


    Desculpem, mas este é um caso tremendo para mim...
      Este caso é o caso de um filho que tudo deve ao pai. O pai fez tudo por ele, tudo, tudo, tudo!
      E sabem a paga do filho para o pai?
      Pois...
      Atropelou-o... atropelou-o propositadamente! Atropelou o pai de 75 anos! O Michael Barbosa, de 35 anos, atropelou o pai, Mário Barbosa. Matou-o propositadamente.
      Já foi condenado a 25 anos de cadeia.
      O Ministério Público recusa, recusa! Aceitou que a advogada de defesa apresentasse um recurso por achar que este homem é quase inimputável.
      Mas, agora, repare... é que você ainda não sabe muita coisa deste homem. Mas, eu vou-lhe contar.
      O pai, de 75 anos, foi emigrante nos Estados Unidos. Com ele, estava o filho, Michael Barbosa, este homem inteligente, este homem inteligente...
      Mas, que advogada está a tentar dizer que ele não sabe de nada, que ele não é nada inteligente, que ele não é matar nada, que ele é um pobre diabo...
      Mas, agora, veio-se a saber...
      Este homem conseguiu enganar (imaginem!) os Serviços Secretos americanos! Este homem até os serviços secretos conseguiu enganar!
      Companhias de seguros dos Estados Unidos foram ludibriadas por este homem!
      Sabem o que é que este homem fez?
      Este homem também tem um irmão!
      Sabe o que é que ele fez?
      Simulou a morte do irmão para receber a fortuna do irmão... simulou a morte do irmão para receber a sua fortuna!
      Este homem, que andava por maus caminhos, que tudo quanto ganhava, tudo perdia. Só lhe faltava perder mais uma coisa... o pai.
      O pai era muito rico. O pai tinha uma grande fortuna.
      E, agora, vejam, vejam a estratégia maquiavélica que este homem arranjou para ficar com a fortuna do pai, para ficar com o seguro de vida do pai. Imaginem o que é que este homem foi fazer. Imaginem o que é que ele fez.
      Esperou pela saída do pai e no momento em que ele ia atravessar a rua, num momento em que ninguém estava a ver, arranca com o carro, atropela o pai, passa por cima do pai.
      Matou-o!
      Foi estacionar o carro novamente no sítio onde estava.
      Veio a polícia. Vieram as ambulâncias todas. O homem vai para o hospital. Está morto!
      O homem vai ao funeral do pai... triste, triste...
      "Mas, quem foi? - comentam os vizinhos. "Mas, quem foi? Como é que isto foi? Ninguém viu o acidente... ninguém viu o acidente!"
      Pois é...
      Mas, por baixo do prédio, existia um café e, um dia, uma senhora estava nesse café e ouviu a comentar o caso.
      Sabem o que é que aconteceu?
      Ela disse: "Eu sei quem foi! Eu sei quem foi! Eu sei quem foi! Foi o filho! Vão fazer perícias ao carro do filho, vão ver o Smart do filho, eu vi, eu vi, eu vi, eu vi!"
       Faz-se uma luz! Faz-se uma luz na resolução do caso.
       A Polícia Judiciária já não sabia o que fazer. Mas, perante tanta prontidão, perante a força daquela senhora em ver o caso resolvido, soltou-se: "Ele pode me matar, um dia. Mas, eu vou dizer a verdade. Foi o filho que matou o pai!"
      A Polícia Judiciária entrou em ação.
      Exames periciais provaram isto... provaram isto!
      Este homem está em prisão preventiva. Está muito bem! Digo eu, está muito bem!
      Faço, aqui, um apelo! Eu faço, aqui, um apelo a todas as pessoas que vejam crimes. Que não tenham medo de denunciar... que não tenham medo de denunciar! Eu faço o mesmo!

      Mas, o Xerife Penas falou, tá falado!

        

quinta-feira, 8 de março de 2012

PROGRAMA 08



Padre extorquido por prostituta


Padre Alípio, um padre de Vila Nova de Anha, em Viana do Castelo, é um homem bom, mas um homem injustiçado.
"Ó padre Alípio, ó padre Alípio, você quis experimentar o prazer sexual..."

O padre Alípio, de Vila Nova de Anha, uma freguesia de Viana do Castelo, conheceu uma mulher linda, uma cabo-verdiana, enamorou-se por ela...
Mas, isto é crime? Isto é crime?

Não, não é crime. Isto não é crime. Pode ser um pecado, pode ser considerado um pecado pela Igreja Católica. Mas, um homem gostar de uma mulher não é crime!
Pois é...
Mas, houve, aqui, um crime, houve, aqui, um crime (não cometido pelo padre Alípio).

Mas, quem era o padre Alípio, de Vila Nova de Anha?

"O Senhor Doutor (como é conhecido), mas que homem bom, mas que homem bom! Mais de 35 anos, mais de 35 anos de paróquia, mais de 35 anos de sacerdócio, mais de 35 anos a fazer o bem!" - dizia um senhora que vai à missa todos os dias, à missa do padre Alípio. "O Senhor está a ver aquele centro de dia? O Senhor está a ver aquele centro paroquial? Sabe por que é que nós temos isto? Porque existe este homem, porque existe este homem, bondoso padre Alípio".

Mas, o que é que este padre fez?
Esta mulher, esta mulher por quem ele se enamorou era uma prostituta que arrastou, para a mesma vida, a sua própria filha.
E, a partir de um determinado momento (e, aqui, é que está o crime), esta prostituta começou, começou a pedir dinheiro ao padre, começou a chantageá-lo.
O padre Alípio, um homem bom, de grande nome, começou a cair, começou a dar-lhe dinheiro: mais 100 euros, mais 200 euros, mais 500 euros, mais 1000 euros...
Diz o próprio padre: "Até tenho vergonha de dizer quanto dinheiro já lhe dei!"

Mas, o padre Alípio percebeu que estava a cometer um grande erro. O padre Alípio estava, inclusivamente, a arruinar-se economicamente. O padre Alípio parou para pensar, pensar... e disse: "Vou denunciar isto às autoridades, vou denunciar isto às autoridades!"

O padre Alípio denunciou. O padre Alípio denunciou.

A mulher foi presa em flagrante delito, quando ele já lhe estava a entregar mais dinheiro. Tudo, tudo combinado com as autoridades competentes.

Mas, agora, você que está aí em casa, agora é que você vai ver a injustiça que estão a praticar em relação ao padre Alípio, este homem bom.
Trinta e cinco anos de bem-fazer. E, agora, o bispo, o bispo de Viana do Castelo suspendeu-o, suspendeu o padre Alípio da sua atividade pastoral. Retirou-lhe o prazer de uma vida. Retirou-lhe o prazer de uma vida!

Será, será, será que a Igreja Católica está a fazer bem?

Será que a Igreja Católica não se lembra de muitos pedófilos, de muitos padres pedófilos que andou a esconder? Será? Tivemos o caso na Madeira. O bispo sempre o defendeu . Aquele homem já foi condenado, condenado, teve cadeia, fugiu, depois, para o Brasil. E o bispo do Funchal sempre o defendeu!
Este homem, este homem pode ter caído num pecado, mas não num crime e está a ser condenado já pelo bispo de Viana do Castelo.


Xerife Penas falou, tá falado!



Predador sexual seduziu, abusou e violou jovens meninas

    
Predador da TVI seduziu, pela internet, mais de doze jovens meninas.
Este caso também até me estremece, estremece mesmo...!
Nós temos um fenómeno na televisão atual, os Morangos com Açúcar (que passam na TVI).
Pois é...
Mas, vejam!
Um elemento do departamente comercial da TVI, Henrique Jales, eu digo o seu nome, Henrique Jales, atualmente com 42 anos, conseguiu enganar toda uma estação televisiva, todos os profissionais, dezenas e dezenas de profissionais que lá trabalhavam e que trabalhavam diretamente com ele.


Era um homem bondoso, como toda a gente dizia, sempre solícito. Trabalhava até às tantas de madrugada. Não havia horas para ele. "Se é preciso eu trabalhar ao sábado, eu vou trabalhar". "Se é preciso trabalhar ao domingo, eu vou trabalhar". Era preciso ajudar em qualquer coisa, lá estava o Henrique Jales.
Pois é...
Mas, então, o que é que fazia este Henrique Jales?


Este Henrique Jales utilizava as redes sociais, o facebook, o tweater, os e-mails... tudo, tudo, tudo o que a internet pode permitir.


E o que é que fazia este homem ?


Quando contactava com meninas, 12, 13 anos, começava a seduzi-las. Ele imitava a voz de um rapazinho da idade delas. Era muito lindo, era loiro de olhos azuis... e elas continuavam a teclar...


"Olha, mostra-me uma fotografia tua! Olha, mostra-me um video! Olha, entra com a câmara, vamos ver..."


O que é que este homem fazia...?
Depois, arranjava maneira de saber onde é que elas moravam. Ele marcava encontro com elas. E, quando elas vinham ter com ele, e quando elas viam quem ele era: "Hi, este homem tem 40 e tal anos..."


- Não é você!


- Sou eu! Entra para dentro do carro, já!
Miúdas de 12, 13 anos...
Se você tiver filhos em casa, percebe este drama, percebe que eu até estremeço... percebe que eu até estremeço!
Já viu o que é?
A sua filha entrar no carro com uma faca apontada e..."Agora, entra no carro, toca a despir-te... toca a despir-te! Vou-te violar, vou-te violar!"
O que e que este homem merece?


Ele fez isto a dezenas, dezenas...!
Começou por Lisboa, por Cascais, mas, veio parar à Vila da Feira. Na Vila da Feira, uma miúda, depois de o abandonar, depois de saber o que ele fazia, foi às autoridades fazer queixa daquilo que ele lhe tinha feito.


Este Henrique Jales, da direção comercial da TVI... o que é que aquele homem merece, este Henrique Jales?
Bem... o que aconteceu foi que este homem já foi condenado. Ainda recorreu da sentença. O tribunal da Vila da Feira vai voltar a julgá-lo.


Mas, este homem não se importou. Já tem mais de doze meninas na sua conta que foram violadas, mais de doze meninas na sua conta que foram violadas!


Mas, o que é isto, meu Deus, o que é isto, meu Deus, o que é isto, meu Deus?


Este homem, o que é que ele merece?


Xerife Penas falou, tá falado!

PROGRAMA 06



Filho mata o pai à facada e incendeia a casa


        
Filho mata o pai à facada e incendeia a casa na Póvoa do Varzim!
É verdade!
Filho mata o pai à facada e incendeia a casa na Póvoa do Varzim!
Foi um espetáculo terrível! Foi um espetáculo terrível!
Vizinhos completamente atónitos! Toda a gente perguntava: "O que é que aconteceu? O que é que aconteceu?"
Casa incendiada... casa incendiada...
Um homem de 46 anos morto...muito sangue... todo amurdaçado...
Polícia chamada a investigar... a Polícia Judiciária chamada a investigar...
Vizinhos completamente admirados: "Como é que aquele homem bondoso morre desta maneira? Como é que aquele homem bondoso morre desta maneira? Quem fez isto? Quem fez isto?" - pergunta o vizinho mais chegado.
Pois é...
Um filho lindo, um filho bondoso, um filho exemplar...
Queria ser piloto de aviões... Em determinado momento, este jovem de 20 anos quis ser piloto de aviões. Andava a tirar o curso. O pai incentivava-o... o pai incentivava-o... O pai fazia tudo para lhe dar o dinheiro suficiente para ele tirar o curso de Ciências Aeronáuticas.
Mas, reparem... tinha 20 anos, este jovem...Este jovem, muito provavelmente, não sabia muito bem o que queria...

Mas, o pai disse: "Tens que ser piloto! Tu tens que ser piloto de aviões!"
O filho dizia: "Eu já não quero ser piloto! Eu já não quero ser piloto!"
Mas, o pai dizia: "Eu meti-me a jogar poker, eu meti-me a jogar poker para ganhar mais dinheiro para pagar essa licenciatura... Tu tens que voar! Tu tens que voar!"
Mas, o filho dizia: "Não, pai, não, não, não!"
E, sem o pai saber, sem o pai saber... O que é que este jovem fez?
Começou a tirar um curso de Engenharia Informática... começou a tirar um curso de Engenharia Informática...
O pai entrou em transe completo... o pai entrou em transe completo: "Mas, o que é que eu vou fazer...?"
E o filho dizia: "Pai, eu quero ser engenheiro informático!"
O pai dizia: "Vais ser piloto!"
O jogo do poker começa a desmoronar-se... o homem do poker começa a desmoronar-se... Esta família, pai e filho, sempre unidos, sempre unidos, exemplo para os vizinhos, esta família começa a desmoronar-se... esta família começa a desmoronar-se dentro daquelas quatro paredes...
E a Polícia Judiciária diz: "Quem matou o pai foi o filho. Quem matou o jogador de pocker da Póvoa do Varzim foi o filho!"
Familiares disseram: "Não pode ser!"
"Foi, foi, foi o filho que matou!"
"Terá sido mesmo? - perguntavam os vizinhos. "Terá sido mesmo?"
O filho foi chamado a tribunal. O filho foi detido, foi chamado a tribunal.
Confessou o crime.
Não sabia como o tinha feito, mas, num dia, num dia, completamente tresloucado, aquele jovem bom, bonito por dentro e por fora, completamente tresloucado, entra na cozinha, pega numa faca e...
O que é que ele faz?
Esventra o pai!
Matou o pai à facada... matou o pai à facada...
Incendiou a casa.
Ele fez tudo.
Ele fazia tudo.
Ele saiu completamente tresloucado. Ninguém sabia onde é que ele tinha ido...
A polícia entrou em ação. A polícia prendeu este rapaz de 20 anos, este rapaz que sempre foi o filho querido, sempre foi amado por toda a gente, sempre amou aquele pai...
Reparem... Ele dizia aos seus amigos: "Eu tenho o melhor pai do mundo!" Ele dizia aos seus amigos: "Eu tenho o melhor pai do mundo!"
Mas, o que é que aconteceu na cabeça daquele rapaz... o que é que aconteceu na cabeça daquele rapaz?
Ele não conseguiu suportar, ele não conseguiu suportar a ideia firme, completamente firme do pai.
E o que é que aconteceu... o que é que aconteceu?

Matou! Matou! Ele matou o pai à facada! Ele matou o pai à facada!

Mas, agora, agora, agora, eu digo: "A Justiça, a Justiça vai atuar... Este jovem é um rapaz bom... é um rapaz bom! Mas, matou, matou o pai à facada! A Justiça, um dia, vai dar a sua sentença...


Eu, Xerife Penas, falei, tá falado!



 
  

Estado indemniza em milhões de euros padres de Fátima burlados por bancário do BPN


    Leonel Gordo era um funcionário do BPN, era um funcionário astuto, um funcionário muito estudioso da sua profissão.
E então, contactou o Instituto Missionário da Consolata, da Cova da Iria. Este instituto tinha muito dinheiro, muito dinheiro depositado em várias contas no BPN... Estamos a falar de quase 4 milhões de euros... quase 4 milhões de euros!

Mas, este funcionário inteligente, muito inteligente, bem vestido, ia, muitas vezes, a essa instituição, conhecia, por dentro e por fora, todas as pessoas que dirigiam essa instituição, conhecia o padre responsável pelo setor financeiro, pela parte financeira deste instituto e dizia:
- Senhor Padre, obrigado, obrigado! Eu acabo de ser nomeado um dos melhores funcionários do BPN e sou um grande especialista em questões financeiras, em aplicações de capitais de risco! Eu sou o maior... Tenho grandes louvores...
E o padre dizia:
- Vamos continuar a fazer investimentos... vamos continuar a investir mais... Queremos ganhar mais dinheiro...
- Pois é, Senhor Padre, eu vou passar a fazer mais visitas ao vosso estabelecimento, ao vosso instituto...
E os padres investiam, investiam, investiam...
Pois é...
Mas, eu estou...! Isto enerva! Sabe? O que vai acontecer agora enerva! Sabem o que é que aconteceu?
Este homem, este Leonel Gordo, funcionário do BPN. era um grande burlão, era um grande burlão...
E os padres acreditavam... e os padres acreditavam. meses e meses e meses...! Puseram quase 4 milhões de euros à sua disposição...!
Eu pergunto: "Onde é que está o dinheiro? Para onde foi o dinheiro? Para onde é que foi o dinheiro?"
Foi perdido! O dinheiro foi perdido em ações!
E os padres insistiam: "Queremos o dinheiro! Queremos saber onde está o dinheiro! Queremos os comprovativos!"
Todas as transferências foram dadas em dinheiro dentro do instituto a este homem...
- Padre, peço clemência! Utilizei o dinheiro em ações... perdi-o todo!"
- E agora, homem? E agora, homem? O que é que vamos fazer com isto?"
- Padre, perdi o dinheiro todo!
Pois é... pois é!
Mas, este caso não acaba aqui... este caso não acaba aqui!


Este banco foi nacionalizado. Este banco foi vendido a um banco angolano.
Mas, sabem o que é que aconteceu? Sabem o que é que aconteceu?
Este dinheiro não foi assumido pelo banco que comprou o BPN... este débito, esta trafulhice não foi assumida, esta burla não foi assumida...
E agora? E agora?
Você que está aí em casa vai perceber a minha indignação...
Mas, por que é que tenho de ser eu a pagar isto? Por que é que tem de ser o Estado a pagar isto?
Porquê? Porquê? Por que é que tem de ser o Estado, eu, você, toda a gente a pagar isto? 4 milhões de euros... 4 milhões de euros!
Se um foi burlão, o outro deixou-se burlar...!
E agora que culpa tenho eu?
Os meus impostos pagarem 4 milhões de euros...!
Quer dizer, já não basta, já não basta ter Presidentes da Assembleia da República reformados aos 42 anos com 10 000 euros de reforma, presidentes de empresas públicas a usarem os cartões de crédito para comprarem bens pessoais..!
Eu tenho que pagar mais isto?
Acham isto justo?
O homem não tem o dinheiro.
Foi condenado.
Recorreu.
E agora? E agora? Eu também vou ter que pagar aos padres de Fátima?
Vocês acham isto justo?
Mas, onde é que nós estamos? Eu pergunto: "Onde é que nós estamos?"
Isto é pornografia, meus caros... pornografia. digo eu, digo eu, é por-no-gra-fia, com as letras todas!
E vou ter de ajudar a pagar os carros de luxo dos ministros... Eles vão às compras com os carros, com os funcionários... eles fazem isto tudo e eu vou ter de pagar mais isto?!
Pois é...
Percebeu a minha indignação! Percebeu a minha indignação!

Mas, o Xerife Penas falou, tá falado!

PROGRAMA 05




Professor universitário aliciava homens


    É isso! É isso mesmo...! Você que está a ler-me, leu muito bem!

Um professor, Mário Mendes, da Universidade de Évora, aliciava homens por telefone.
Mas. agora, agora, pergunta você: "Porquê? Com que intenção?
Este homem inteligente, muito criativo, fazia-se passar por uma loira, uma loira esbelta com um sotaque de Cascais, da cosmopolita Cascais. Este homem, com uma voz bem timbrada de mulher (até nisso, ele era inteligente), muito bem colocada...o que é que este homem fazia, afinal? O que é que este professor, Mário Mendes, fazia, afinal? Repare! Este homem é professor universitário, é professor de uma das melhores universidades do país, das mais antigas, que é a Universidade de Évora....

Mas, então, o que é que este homem fazia? Este homem... Imagine, imagine...este homem fazia-se passar por uma mulher linda.
Com que intuito? Com que intuito? Com que intuito? - pergunto eu. Com que intuito?
Pois é...
Este homem queria namorar pela internet, só namorar pela internet, redes sociais, troca de e-mails...
Este homem era um tarado...
Mas o que é que, o que é que era mais este homem? O que é que este homem era mais? O que é que este homem pretendia mais?
Este homem pretendia passar o tempo desta maneira... Mas, se calhar, não só... se calhar não só...
Este homem tinha um íntimo muito mau... este homem tinha um íntimo muito mau...
Sabem porquê?
Gostava de ver sofrer as vítimas...
Mas, por que é que gostava de fazer sofrer as vítimas?
Qual era o método que ele usava?
Este professor universitário continuava, no tempo, a namoriscar vários homens, fazendo-se passar por uma Sofia linda de Cascais...
Este professor universitário, da Universidade de Évora...
O seu nome?
Mário Mendes, Mário Mendes, é Mário Mendes...
Este homem, com uma personalidade completamente desviante, quando, quando as suas vítimas percebiam que, afinal, algo estava mal, e queriam terminar com as conversas nas redes sociais, o que é que este homem fazia?
Infernizava completamente a vida destas pessoas! Infernizava completamente a vida destas pessoas!
Este homem pintava-lhes a casa!
Este homem mandava fotografias para as mulheres perceberem que eles andavam com outra mulher!
Ele fazia tudo, tudo, tudo!
Estas pessoas não tinham mais segredos...
Estas pessoas não tinham mais à-vontade para andar na rua...
Mas, este homem era muito mais ardiloso...
Imaginem! Imaginem o que este homem foi capaz de fazer...
Este homem contratou um agente da Polícia Judiciária!
Este homem contratou vários detetives privados!
Pagava-lhes, pagava-lhes, pagava-lhes, aos detetives privados e ao agente da Polícia Judiciária, também, também pagava!
Este Mário Mendes era muito inteligente, muito perigoso...
Mas, imagine, imagine, você, aí em casa, que tem o seu telemóvel, que um operacional da Optimus, que um operacional da Optimus, também lhe fornecia números de telemóvel a este homem... Um operacional da Optimus dava-lhe números de telemóveis para ele poder ligar...
Este homem a todos dizia: "Estas pessoas devem-me dinheiro! Senhor agente, investigue, investigue! Eu quero receber o dinheiro que lhe emprestei!" "Senhor detetive, eu estou a lhe pagar! Investigue! receber este dinheiro! Eu tenho de fazer ver a este homem que ele tem de me pagar!" "Senhor operacional da Optimus. ajude-me, ajude-me! Dê-me números de telemóvel destas pessoas! ajude-me, ajude-me. eu dou-lhe uma comissão! Ajude-me, ajude-me!"
Este homem, assim, a todos enganava...
E, agora, imagine o que este homem fez...
Este professor catedrático, este Mário Mendes, professor da Universidade de Évora, infernizava a vida do seu próprio pai, infernizava a vida do seu próprio pai! Os pais dele, os pais dele, em tribunal, depuseram contra ele... Aceitaram bem a primeira sentença que o juiz deu...
Mas, este homem inteligente, muito inteligente, também comete erros... também, cometeu o seu erro...
E, agora, imagine! E, agora, imaginem a astúcia de um polícia, a astúcia de um simples agente da PSP... E foi ele, esse simples polícia da PSP... e foi ele que conseguiu desmascarar toda esta cabala.
Este homem, este professor catedrático, de Évora que infernizou muita gente, muitos homens, muitos homens, cometeu um erro... e a polícia estava lá...
O agente da PSP, à paisana, percebeu que um homem, com um balde de tinta, se preparava para sujar a vivenda de uma dessas pessoas que estava a ser vítima dele, que estava a ser infernizada.
Deu em correr atrás dele... Azar...olhe, tinha uns sapatos, tinha uns sapatos daqueles de desatacar os atacadores... não conseguiu apanhá-lo.
Mas, a ironia do destino, a ironia do destino...
Este polícia era ele, devia ser ele a chave... Quem tinha a chave... Era ele que ía fazer com que este homem fosse preso. que este homem fosse apresentado em tribunal...
Porque, numa rusga, numa rusga, e quando a polícia já lhe estava a apertar a malha, em sua casa, ele reconheceu-o, ele viu-o em Évora... Tinha sido aquele homem que ele tinha visto em Lisboa. antes uns dias, em Lisboa, a tentar sujar, com latas de tinta, a casa de uma dessas pessoas que estava completamente arrastada.
Ele já não tinha mais argumentos para a mulher... já não tinha mais argumentos para os filhos... A mulher dizia: " Então, tu andas com uma loira... então, tu andas com uma loira...!" E os filhos: "Então, tu andas assim...? É assim que se procede?"
E o homem não tinha nada, não tinha mesmo nada a ver com aquilo, estava com a família completamente destroçada...
Mas, agora, se pensa que sabe tudo deste caso, ainda não sabe! É que ainda não sabe mesmo, sabe... Você, aí em casa, não sabe a capacidade, a inteligência deste homem, a astúcia deste homem, deste professor universitário, da Universidade de Évora, chamado Mário Mendes...
Vocês sabem, vocês sabem o que este homem fez, andava a infernizar a vida do pai, a infernizar a vida a vida de todas estas pessoas....
Mas, este homem ainda fez pior... Este homem ainda fez pior...
Este homem descobriu, descobriu onde trabalhava uma das suas vítimas e não é que teve o desplante de lhe enviar bouquets, bouquets para a empresa para que todos os colegas soubessem, para que os donos da empresa soubessem, os administradores... Pôs o emprego dessa pessoa em causa...
Enviava-lhe bouquets a dizer:"Vais morrer!"
Você já viu bem isto? Isto pode perdoar-se?
Pois é, pois é!
Este caso, este caso já foi julgado, este caso já foi julgado...
Mas, a advogada, a advogada de algumas destas pessoas interferiu, interferiu, não concordou com a sentença, não concordou com a sentença que foi dada.
Este homem, se calhar, ainda vai ter uma sentença ainda mais dura... este homem, se calhar, ainda vai ter uma sentença ainda mais dura...
Mas, agora, ainda repare...
Você acha que bem que um professor da Universidade de Évora, uma universidade de alto prestígio, você acha que este professor tem condições para continuar a lecionar? Você acha que este professor tem condições para continuar a ser professor de doutores? Eu não sei, eu não sei...
A Justiça vai falar...
Por mim, é caso encerrado.

Xerife Penas falou, tá falado!

            
     

Avô abusava de meninas do infantário do seu netinho


Um avô, um avô querido, como se dizia... Um avô que aproveitou as amiguinhas do seu netinho para, depois, as aliciar.
Este caso até a mim estremece... Até estremeço, até estremeço com este caso...!
Se eu vos disser que sou padrinho de umas crianças de 4, 5 anos e que tenho um filho que é padrinho de uma criança de 3 anos, uma criança que anda no infantário... crianças de 4, 5 anos...
Costuma-se dizer: "São a alegria do país, são a melhor coisa do mundo... são as crianças".
Mas, por que é que este caso, por que é que este caso é muito chocante para mim? Por que é que este caso de que vos vou falar é muito chocante para mim?
Quando eu andava na escola, no meu tempo, escola primária, eu tinha uma avó que me levava o lanche. Ai, como era bom comer o lanche da minha avó...! Ai, como era bom comer o lanche da minha avó...! Aqueles miminhos que ela fazia...! Aquelas compotas que ela fazia...! Muito lindo...! Muito lindo...! Recordo-a, recordo-a com saudade...!
Mas, será que este homem que, todos os dias, visitava o neto no infantário era um avô como a minha avó? Era um avô lindo?
Pois... É que se fosse, não estava aqui, agora, a falar disto... não estava aqui, agora, a falar disto...!
Sabem o que este homem fazia? Sabem o que este homem fazia?
Este homem não tem explicação... este homem não tem explicação... Não há categoria nenhuma para o classificar...
Este homem, numa capa de santo, era um diabo... este homem, numa capa de santo, era um diabo!
Isto passou-se em Gondomar, num infantário, em Gondomar.
O que é que este avô fazia?

Este homem, todos os dias, ia ao infantário do neto, ia visitar o neto.
Mas, que lindo... Isto é bonito!
Este homem comprava rebuçados...
Ai que lindo avô...!
Pois é...
Ele chamava as amiguinhas do neto, ele chamava as amiguinhas do neto, crianças de 4, 5 anos... crianças de 4, 5 anos... Este avô, este avô, depois, depois de dar um rebuçadinho ao neto, depois de lhe passar a mão pela cabeça, dizia: "Ai, meu filho, o teu avô, daqui a um bocadinho, está aqui, vem te buscar novamente. Vai para lá, vai para a senhora professora... já estão a chamar por ti... já estão a chamar para ires para dentro da aula... Eu sei que te estás a portar bem... eu falo com as senhoras professoras... Tá tudo lindo... Vai já, vai já... Não demores muito"!
Mas, o que é que ele queria, na realidade? O que é que ele queria, na realidade?
Ele queria que o neto fosse rapidamente para dentro da sala! Ele queria que o neto fosse rapidamente para dentro da sala!
Para fazer o quê?
Para aliciar as meninas!
Ele, através da vedação da escola, do jardim, em Gondomar, aliciava as meninas, apalpava as meninas, punha os órgãos sexuais de fora... Aliciava-as... Mais um rebuçadinho, mais um chocolatinho, mais um leite achocolatado...
Este homem, este homem sem vergonha completa, escondia-se... dizia: "Vou ver o meu neto! Ai que lindo neto que eu tenho!"...
Mas, o que ele queria era apalpar as meninas... Ele abusava de meninas de 3, 4, 5 anos...
Você já viu o que é isto? Você já viu?
Repare...
Você que tem o seu filho na escola, a sua filha na escola... estar sujeito a uma situação destas...
Isto não é revoltante? Diga! Isto não é revoltante? Ai se fosse alguém da minha família...!
Mas, este homem, este homem de 70 anos também é inteligente...
Mas, alguém viu... Alguém começou a cuscar alguma coisa... Alguém começou a perceber alguma coisa...
Chamou a polícia!
Veio a polícia...
Mas, o homem parecia mesmo um santo...
Durante vários dias, a Polícia Judiciária vigiava-o... a polícia judiciária... não estamos a falar de uma polícia principiante... a polícia judiciária, vários dias a fio, montou o cerco, montou vigilância...
Mas, o homem era mesmo um santo... Ele tinha, eventualmente, um dom de adivinhar... Este homem, durante vários dias nada fez... Este homem, durante vários dias nada fez...
A polícia chegou a estar convencida de que era uma cabala! A polícia chegou a estar convencida de que isto não era verdade!
Pois é...
Mas, ele não resistiu... Mas, ele não resistiu...
E veio um dia...
Ele fez mesmo tudo e até fez ainda pior...Ele fez coisas que, até ali, nunca tinha sido visto a fazer.

E a polícia atuou. A nossa polícia, a nossa polícia, a Polícia Judiciária acabou, ali, com o mal, com um grande mal que poderia ser ainda muito maior...!
Este caso é revoltante! Este caso é revoltante mesmo!
Este homem está preso! Este homem está preso!
Este homem vai ser condenado, digo eu...! Preso e bem preso!
Por mim, está o caso encerrado!

Xerife Penas falou, tá falado!
   

PROGRAMA 04







Engenheiro, matou pai da sua neta com esta ao colo

     Um engenheiro matou o genro, o ex-genro, com a sua própria neta ao colo!
Este caso, já de si era grave, já de si era grave... Você leu bem! Você leu bem! Este senhor de Oliviera do Hospital, este senhor, o Senhor Engenheiro Ferreira da Silva tornou tudo isto ainda mais complicado.
Este caso é, de facto, ainda mais complicado!
Porquê? Sabe, porquê?
Ele é o pai de uma juíza! Ele é o pai de uma juíza! É pai de uma juíza do Tribunal de Ílhavo, a Ana Joaquina Ferreira.
Imaginem: uma família feliz, ela juíza, Ana Joaquina Ferreira, ele, advogado, do Porto, Cláudio Rio Gomes. Casaram. Eram felizes. Tiveram uma linda menina. Tiverem uma linda menina! Desentenderam-se! Houve o dívórcio!
O juiz, um dia, decidiu: "O pai vai ter direito a duas horas por semana para ter a menina".
A juiza, a mãe da menina, aceitou.
Mas, entre as duas famílias, entre as duas famílias, havia um ambiente de terror!
Aqui, a Justiça teve bem! Aqui, a Justiça teve muito bem! O juiz decidiu aqui muito bem!
Mas, sabe o que é que aconteceu...?
Uma juíza, uma juíza, a Ana Joaquina Ferreira, juíza do Tribunal de Ílhavo, e um advogado, Cláudio Rio Gomes, do Porto, dois elementos, dois agentes da Justiça portuguesa, um com capacidade de sentenciar pessoas, o outro com capacidade de defender pessoas, de defender o Direito...
Mas, o que é que aconteceu aqui? O que é que terá acontecido aqui?
Este dois elementos da Justiça, a juíza Ana Joaquina Fererira e o Cláudio Rio Gomes, advogado, desobedeceram, desobedeceram ao próprio juiz!
O próprio juiz disse: "A menina tem que ser entregue ao pai para ele estar as duas horas com ele, mas num ambiente de cordialidade, num ambiente, ainda que seja simulado, de alguma simpatia, de algum amor. Não podem estar, não podem estar presentes mais de um elemento da família da mãe, não podem"...
Esta juíza, esta juíza desobedeceu, desobedeceu à ordem de um tribunal...!
Eu pergunto, como cidadão normal, eu, Xerife Penas, pergunto, como cidadão normal: o que é que temos de fazer, o que é que temos de fazer, o que é que temos de pedir para uma juíza que obedece à própria ordem do tribunal, uma juíza que obedece à própria ordem do tribunal...?
Mas, o problema é que se só tivesse havido uma desobediência, o problema é que se só tivesse havido uma desobediência, nada isto teria acontecido...!
O problema é que o Cláudio, pai da menina, sofria, sofria...
Várias mensagens no Facebook, muitas mensagens no Facebook em que ele dizia: "Filha, amo-te! Filha, amo-te! Mas, onde tu estás, não me deixam ver"!
Os avós maternos, os avós maternos criavam complicações...
Os avós paternos nunca podiam ver a neta...
O pai sofria, sofria... Já não conseguia sofrer em silêncio... O pai desabafava com amigos... O pai desabafava com amigos... O pai escrevia nas redes sociais: "Filha, amo-te"!
Mas, o que é que aconteceu? O que é que aconteceu?
Naquele dia, o pai brincava com a criança num parque em Oliveira do Bairro, o pai brincava com a criança num parque em Oliveira do Bairro...
Chegou a família materna! Chegou a família materna!
Houve desentendimentos...

E aquele homem, o pai da juíza, o Engenheiro Ferreira da Silva, pega na neta!
Não se lembrou do amor que devia ter à neta... não se lembrou do amor que deveria ter à neta... E, a tiro de revolver, a sangue frio, assassina o advogado, o pai da sua neta, o seu ex-genro!


O Cláudio Rio Rio Gomes morre!
Morre, ali, num parque quer deveria ser de diversão, no meio de muita gente a ver... Várias pessoas viram aquele crime frio, frio, frio, duro, duro, duro, este crime hediondo, hediondo que pôs Oliveira do Hospital em todos os jornais, em todas as rádios, em todas as televisões, em todas as redes sociais...

Dois agentes, dois agentes da Justiça, independentemente das razões, provavelmente, provavelemente, a família materna da criança teria alguma razão, teria alguma razão...
Mas, assassinar assim, a sangue frio, na presença da neta, na presença da neta, Eng.º Ferreira da Silva, Eng.º Ferreira da Silva, Eng.º Ferreira da Silva, se tivesse pesando bem, se tivesse pensado bem no amor da sua neta, se tivesse pensado que lhe estava a retirar o pai, Eng.º Ferreira da Silva, Eng.º Ferreira da Silva, provavelmente, não teria feito isto...!
Pois é, pois é...
Agora, eu tenho de dizer, eu, eu, Xerife Penas, tenho que dizer, tenho que perguntar às pessoas que estão a ler-me: Será, será que esta Justiça, será que esta Justiça vai permitir que esta juíza de Direito continue e a trabalhar normalmente? Ou será que esta juíza, a Ana Joaquina, que pediu licença para não estar mais a trabalhar durante um tempo no Tribunal de Ílhavo, será, será, será que esta juíza que pediu licença sem vencimento, que pediu licença sem vencimento para ajudar os advogados do pai, para ajudar à defesa do pai, será, será, será, socialmente, será socialmente, será que vai ser socialmente bem visto...? Não sei! Não é a mim que me compete...

Xerife Penas falou, tá falado!

Violava mulheres dentro de elevadores
Violava, violava dentro de elevadores!
Jorge Prazeres, de Vidago não se importava de pôr a sofrer várias mulheres com várias violações!
Imagine você que está aí em casa, você que é casado, você que tem um elevador para ter acesso à sua própria casa e, a partir de agora, em Chaves, começa a desconfiar, começa a desconfiar que a sua mulher não está segura quando sobe no elevador...!
Já imaginou? Já imaginou?
Pois é...
Jorge Prazeres, de Vidago, aterrorizava as mulheres, violava as mulheres... Escondia-se junto da entrada dos prédios e quando estas entrassem nos elevadores... O que é que ele fazia...?


Puxava de uma faca!
Ameaçava!
Violava!
Maltratava!



Este Jorge Ferreira foi, várias vezes, preso, foi, várias vezes preso e evadiu-se da cadeia, evadiu-se da cadeia! Leu bem...! Este Jorge Ferreira de Vidago evadiu-se da cadeia e por mais de uma vez...!
Mas, que sistema judicial temos nós? Que sistema judicial temos nós, pergunto eu, pergunta você. É verdade, que sistema judicial temos nós?
E mais, e mais, e mais...
Você não sabe tudo ainda... você não sabe tudo...
Sabia que este homem, este Jorge Prazeres, de Vidago, chegou a estar em prisão preventiva e teve de ser solto por esta prisão preventiva chegar ao fim do prazo...?! Você sabia disso?
Digam-me lá, digam-me lá se não podemos criticar este sistema judicial...!Digam-me lá!Se nós não tivéssemos uma polícia que continuou a insistir, que continuou a investigar este homem e conseguiu arranjar mais provas...?! Esta polícia judiciária conseguiu arranjar mais provas, conseguiu arranjar mais provas para voltar a meter este Jorge Prazeres na cadeia!

E o Tribunal de Chaves meteu, engavetou novamente este homem perigoso, este homem perigoso!

Ia, ia quase passar incólume, este homem sem sentimentos, este homem completamente louco, louco ia passando incólume quase com penas pequenas, com penas muito pequenas...



Pois é...!
E porquê? E porquê?
As pessoas com vergonha, aquelas mulheres maltratadas, aquelas mulheres que foram humilhadas, aquelas mulheres violadas tinham vergonha! Tinham vergonha! Não faziam queixa daquele homem perigoso! Não faziam queixa daquele homem perigoso...!
Pois é... pois é...!
Mas, tudo isto, todo este cenário macabro, todo este cenário altamente repugnável, altamente reprovável, digo eu (!), reprovável, ainda sofreu, ainda sofreu uma maior agravação, ainda foi muito mais agravado!
Sabem porquê?
Este homem, este homem, este Jorge Prazeres chegou ao cúmulo!
Imaginem! Imaginem!
Violou, violou uma criança de treze anos, uma pobre menina de treze anos!
Ela chorava! Ela chorava!
Ele não fez por menos! Violou-a! Violou-a!
Pois é...!
Mas, aqui, esta menina de treze anos teve um pai, teve um pai...! Esse pai, esse pai, grandioso, de que ela se pode orgulhar, fez queixa, fez queixa à policia, provou, conseguiu provar que ele violou, que ele violou a sua querida filha de treze anos.
Ai se... ai, se ela fosse minha filha...! Ai se ela fosse minha filha...digo eu, diz você que tem uma filha aí em casa, diz você que tem uma neta em casa da mesma idade.
O que é que esse homem merece...?!
Este Jorge Prazeres só provocou desprazeres nas pessoas!
Este homem tem o nome ao contrário... este homem tem o nome ao contrário...! Pois é, nunca devia chamar-se Prazeres...!
Mas, este pai, este pai extremoso, este pai extremoso conseguiu metê-lo novamente na cadeia!
Esta miúda vai ter um trauma para toda a vida! Esta menina linda, linda, linda, nunca mais tem os olhos a reluzir, nunca mais vai ter o coração a sorrir...!
Este homem, este Jorge Prazeres provocou isto nesta criança, provocou outras dores em algumas mulheres, algumas, quatro, cinco, seis...? Não se sabe ao certo... Se calhar dez, se calhar, mais...
As pessoas calaram-se...
Mas, esta criança, esta criança lutou, fez ver ao pai, disse ao pai: "Aconteceu-me isto..."!
E agora? E agora, pergunto eu. E Agora?
Este caso está entregue à Justiça. Este caso está no Tribunal de Chaves. O juiz vai decidir, o juiz, mais uma vez, vai decidir...


Mas, Senhor Juiz, tenha, por favor, agora alguma cautela, tenha, por favor, alguma cautela! Este homem, quatro vezes preso, com duas ou três evasões, se não tiver uma boa pena, se não for devidamente acompanhado na cadeia, este homem vai voltar, este homem vai voltar a aterrorizar as mulheres, vai voltar a aterrorizar, vai voltar a aterrorizar as mulheres de Chaves, vai voltar a aterrorizar as mulheres de Chaves...!




Este caso está a ser julgado...


Mas, Xerife Penas falou, tá falado!