quinta-feira, 18 de abril de 2013

Portugal e a insustentabilidade das suas finanças

O Xerife Penas fica muito revoltado quando toma conhecimentos de notícias segundo as quais a nação que o viu nascer e que ele ama se encontra numa situação insustentável pela incompetência dos seus governantes.

Se não vejamos.



O Fundo Monetário Internacional (FMI), no seu relatório, World Economic Outlook, recentemente divulgado, afirma que Portugal é a segunda PIOR economia da Europa e a quarta pior do Mundo.

Como é isto possível? Como?

A explicação é simples: temos vindo a seguir políticas financeiras e económicas erradas.

Vejamos.

No ano transato de 2012, o Produto Interno Bruto (PIB) DESCEU 3,2%!

Imaginem a recessão que estamos a sofrer...! Uma recessão apenas superada pela Grécia (6,4%), pelo Sudão (4,4%) e por São Marino (4%) - diga-se, todavia que São Marino é apenas um enclave de Itália com 61 quilómetros quadrados.

Aliás, o relatório em causa é bem claro, referindo que Portugal apresenta uma das finanças públicas mais insustentáveis do Mundo...

Mas, afinal, o que está a fazer o Ministério das Finanças...? O que está a fazer o Ministério da Economia...?

Analisemos os fatores que contribuem para a nossa debilidade económíco-financeira: em primeiro lugar, podemos referir a elevadíssima dívida pública (122% do PIB), em segundo lugar o negativo, nulo ou baixo crescimento económico (prevê-se apenas um crescimento para o próximo ano de 0.6%), em terceiro lugar podemos verificar que a nossa população ativa não tem condições de empregabilidade e, consequentemente, não tem como compensar a despesa relacionada com a reforma de uma população cada vez mais envelhecida e carente de cuidados de saúde... E mais, e mais...


Mas, o que fazer, então?

Bem, segundo o FMI que se arroga poderes de clarividência e de sapiência económica e financeira, é necessário cortar, cortar, cortar... E o mais estranho é que acham que cortando e cortando, há razões para otimismo...

O problema é que a exigência de cortar na despesa pública até estaria, em parte, correta. Pois, bem sabemos que o Estado não poupa em mordomias e aí sim, se impunha uma forte contenção nos gastos. Mas, na realidade, estes cortes são feitos não à custa dessas mesmas mordomias que permanentemente sugam o Estado, mas sim à custa do esforço dos poucos portugueses que contribuem para as Finanças do Estado, isto é a classe média. Estes portugueses é que vêm os seus rendimentos a serem sacados pelo Estado em sede de IRS, IMI, IVA... E já falarmos nas médias e pequenas empresas que são asfixiadas pelo poder IMPLACÁVEL do Ministério das Finanças, que lhe levam o dobro dos custos com os salários dos seus colaboradores em retenção de IRS, Taxa Social Única, Seguros, IRC... 

Enfim... 

Na verdade, o que o Estado está a fazer não são cortes na despesa, mas sim cortes na capacidade de consumo das famílias e na capacidade de investimento das empresas!

Pois.é.. onde está o otimismo, agora...? Como é que podemos ter otimismo se não criamos as condições necessárias para o progresso económico? Como?

Não se admite que continuemos neste erro permanente que nos leva à decadência de uma tão nobre nação, a nossa Nação! 


Xerife Penas falou, está falado!













domingo, 14 de abril de 2013

Vítor gaspar, the troika finance minister

Vítor Gaspar, uma vez mais nos surpreende pela negativa...
Já sabíamos que as suas competências em matéria constitucional deixam muito a desejar... Quem é que, de facto, consegue a proesa de elaborar dois orçamentos insconstitucionais...?
Agora, veja-se o que o Ministro das Fianças disse: "O que foi dito no Eurogrupo e no Ecofin informal foi que a composição das medidas substitutivas terá que ver com o redesenho de uma medida que o Tribunal Constitucional considerou não preencher os requisitos constitucionais, e tem a ver com contribuições sociais pagas pelos beneficiários de subsídio de desemprego e de doença", afirmou Vítor Gaspar.
Mas, afinal, o Vítor Gaspar é ministro de Estado, do Eurogrupo, do Ecofin ou da Troika?
Será que ele não entende que não se pode exigir mais do povo português?
Será que ele não entende que já não há mais condições para redesenhar mais austeridade? Como pode ele atacar agora os desempregados e os doentes?!
Será que não entende que a austeridade está a levar a nossa nação à desgraça?!
Até os irlandeses se admiram da subserviência do nosso ministro das finanças, apelidando-o de "troika finance minister"... Vejam este vídeo:
Então, se o ministro das finanças é troikano, não será o momento de regressar para junto dos troikanos?
Xerife Penas falou, está falado!