O Xerife Penas fica muito revoltado quando toma conhecimentos de notícias segundo as quais a nação que o viu nascer e que ele ama se encontra numa situação insustentável pela incompetência dos seus governantes.
Se não vejamos.
O Fundo Monetário Internacional (FMI), no seu relatório, World Economic Outlook, recentemente divulgado, afirma que Portugal é a segunda PIOR economia da Europa e a quarta pior do Mundo.
Como é isto possível? Como?
A explicação é simples: temos vindo a seguir políticas financeiras e económicas erradas.
Vejamos.
No ano transato de 2012, o Produto Interno Bruto (PIB) DESCEU 3,2%!
Imaginem a recessão que estamos a sofrer...! Uma recessão apenas superada pela Grécia (6,4%), pelo Sudão (4,4%) e por São Marino (4%) - diga-se, todavia que São Marino é apenas um enclave de Itália com 61 quilómetros quadrados.
Aliás, o relatório em causa é bem claro, referindo que Portugal apresenta uma das finanças públicas mais insustentáveis do Mundo...
Mas, afinal, o que está a fazer o Ministério das Finanças...? O que está a fazer o Ministério da Economia...?
Analisemos os fatores que contribuem para a nossa debilidade económíco-financeira: em primeiro lugar, podemos referir a elevadíssima dívida pública (122% do PIB), em segundo lugar o negativo, nulo ou baixo crescimento económico (prevê-se apenas um crescimento para o próximo ano de 0.6%), em terceiro lugar podemos verificar que a nossa população ativa não tem condições de empregabilidade e, consequentemente, não tem como compensar a despesa relacionada com a reforma de uma população cada vez mais envelhecida e carente de cuidados de saúde... E mais, e mais...
Mas, o que fazer, então?
Bem, segundo o FMI que se arroga poderes de clarividência e de sapiência económica e financeira, é necessário cortar, cortar, cortar... E o mais estranho é que acham que cortando e cortando, há razões para otimismo...
O problema é que a exigência de cortar na despesa pública até estaria, em parte, correta. Pois, bem sabemos que o Estado não poupa em mordomias e aí sim, se impunha uma forte contenção nos gastos. Mas, na realidade, estes cortes são feitos não à custa dessas mesmas mordomias que permanentemente sugam o Estado, mas sim à custa do esforço dos poucos portugueses que contribuem para as Finanças do Estado, isto é a classe média. Estes portugueses é que vêm os seus rendimentos a serem sacados pelo Estado em sede de IRS, IMI, IVA... E já falarmos nas médias e pequenas empresas que são asfixiadas pelo poder IMPLACÁVEL do Ministério das Finanças, que lhe levam o dobro dos custos com os salários dos seus colaboradores em retenção de IRS, Taxa Social Única, Seguros, IRC...
Enfim...
Na verdade, o que o Estado está a fazer não são cortes na despesa, mas sim cortes na capacidade de consumo das famílias e na capacidade de investimento das empresas!
Pois.é.. onde está o otimismo, agora...? Como é que podemos ter otimismo se não criamos as condições necessárias para o progresso económico? Como?
Não se admite que continuemos neste erro permanente que nos leva à decadência de uma tão nobre nação, a nossa Nação!
Xerife Penas falou, está falado!