sexta-feira, 9 de março de 2012

PROGRAMA 10

Padrasto maltratava com atrocidade e abusava sexualmente do enteado de 2 anos


      Pois é...
      Você que está aí em casa, já treme... Eu já tremo com o caso que vos vou contar hoje.
      Uma criança de dois anos (é verdade), uma criança de dois anos...
      Mas, que culpa... mas, que culpa terá uma criança de dois anos por ter vindo ao mundo?
      Penso nestas palavras: "Que culpa terá uma criança de dois anos por ter vindo ao mundo?"
      Este caso que vos vou contar passa-se nos arredores de Lisboa.
      Uma família, uma família que até ali era uma família alegre, uma família bem-disposta. Um casal novo. Problemas económicos... problemas económicos levaram à separação deste casal. Este casal que entrou por caminhos que não devia. Não eram casados, viviam juntos.
      E, eis que, sem nunca se saber muito bem porquê, o padrasto começou a ser violento, violento, violento. Batia na mãe daquele menino de dois anos.
      Aquele menino assistia a tudo.
      Ninguém conseguiu... ninguém conseguiu perceber o que se passava dentro daquela casa.
      Triste cenário... triste cenário!
      Triste vida daquele miúdo de dois anos... triste vida... triste vida!
      Pois é... pois é!
      Mas, agora, você ainda não sabe é o resto da história, verdadeiramente deprimente... verdadeiramente deprimente.
      Eu só de pensar que, ontem, ontem mesmo, tive a minha casa repleta de crianças, repleta de crianças e vi o carinho com os pais estavam a tratar aquelas crianças, numa festa em minha casa, crianças de um ano, dois, três anos. Mas, que alegria... Mas, que alegria!
      Naquele momento, eu pensei naquele rapazinho de dois anos... o sofrimento daquele rapazinho...
      Imaginem, imaginem que este padrasto desta criança de dois anos, um rapaz, começou a violá-lo, a violentá-lo!
      Imaginem que que lhe levou o aquecedor para lhe queimar as palmilhas dos pés!
      Queimou-lhe os olhos com um cigarro!
      Dava-lhe pontapés...dava-lhe pontapés na cabeça!
      E ninguém, ninguém, ninguém dava o alarme, ninguém dava o alarme!
      Aquela jovem mãe não sabia o que havia de fazer... aquela jovem mãe não sabia, não sabia. Tinha medo dele. Ele batia-lhe. Ele fechava-a em casa. E aquela criança sempre, sempre, sempre a ser maltratada.
      Imaginem o que é! Pegar num cigarro a arder e queimarem-lhe na cara... queimarem-lhe nas orelhas... queimarem-lhe nas pernas...
      E sabem o que este desgraçado fez?
      O que é que ele merecia...?
      Até no órgão genital da criança, até no órgão... no seu pénis pequenino... coitadinho... este rapazinho sofreu.
      Mas, esta mãe, um dia, conseguiu, conseguiu libertar-se destas amarras todas. E foi com o miúdo ao hospital. Os médicos ficaram impávidos com as maselas deste menino de dois anos...
      O depoimento, o depoimento em tribunal chocou... chocou toda a gente, inclusivamente, os inspetores da Polícia Judiciária. Aquilo que este homem disse que fez àquela criança de dois anos chocou estas pessoas todas... chocou estas pessoas todas que estão habituadas com casos parecidos, mas nunca como este... nunca como este...
      Violência extrema num ser apenas de dois anos!
      Este caso está a ser investigado mais aprofundadamente. Chegou-se à conclusão que estes maus-tratos já duravam a alguns meses...
      Este homem ficou em prisão preventiva... este homem ficou em prisão preventiva. E, digo eu, Xerife Penas, digo eu: "Ficou muito bem! Ficou lá mesmo, mesmo, mesmo muito bem!"
      Mas, agora... mas, agora, os responsáveis, a Segurança Social, a Comissão de Proteção de Menores, agora, têm de dar um lar a esta criança. Esta criança não pediu para vir ao mundo. Esta criança não merece sofrer...
      Oxalá, oxalá que estas pessoas que têm capacidade para resolver esta questão consigam dar-lhe um futuro melhor a esta criança!
Xerife Penas falou, tá falado!



Desvios na contabilidade do Supremo Tribunal de Justiça

    Este caso tem a ver muito como algumas instituições deste país são geridas.
      E, agora, imaginem a instituição de que vou falar... O Xerife Penas não tem medo! O Xerife Penas vai falar numa instituição: Supremo Tribunal de Justiça. Exatamente... Supremo Tribunal de Justiça.
      Acima do Supremo Tribunal de Justiça só existe, na hierarquia da Justiça, o Tribunal Constitucional.
      Pois é... pois é, meus amigos...
      Sabem o que é que acontecia nesta instituição?
      Pois, eu vou-vos contar...
      Ricardo Cunha... Ricardo Cunha era um administrador do Supremo Tribunal de Justiça.
      Esta instituição tem que ser completamente imparcial. Esta instituição tem que ser absolutamente impoluta...
      Mas, agora, sabem o que é que se passava lá?
      Já sabem o que é comprar relógios de 4 000 euros, 5 000 euros, 6 000 euros para prendas...?
      Você que paga os seus impostos, como eu, não acha isto uma imoralidade... você não acha isto uma imoralidade?
      O Supremo Tribunal de Justiça...
      Esta instituição que tem que ser completamente impoluta...
      Não pode haver suspeitas...
      Pois é...
      Mas, este senhor, este Ricardo Cunha, na qualidade de administrador do tribunal permitia que isto acontecesse.
      E mais... Olhem para aquilo que eu vou dizer a seguir... olhem para aquilo que eu vou dizer a seguir...
      Este senhor está acusado de ter desviado obras de arte do Supremo Tribunal de Justiça no valor  de quase 400 000 euros... Obras de arte do Supremo Tribunal de Justiça desapareceram no valor de mais de 400 000 euros... 400 000 euros!
      Este homem conseguiu enganar toda a gente dentro daquela instituição.
      Mas, um dia... um dia, uma funcionária atenta, uma funcionária que já andava algo desconfiada de certos ambientes que estavam ali a acontecer. Essa senhora, a Filomena Vieira, pensou: "Eu tenho de prestar um bom serviço ao país, aqui. Eu não vou permitir que a instituição onde eu trabalho esteja a cometer erros desta natureza!"
      Esta senhora ganhou força suficiente. Esta Filomena Vieira foi fazer queixa às autoridades competentes.
      A Polícia Judiciária começou a investigar e viu que o caso, se calhar, ainda é mais grave...o caso tem anos... este caso tem alguns anos!
      Filomena Vieira zelou por todos nós.
      Este caso vai ter certamente uma condenação, tem que ter uma condenação!
      Mas, agora, nós que pagamos custas nos tribunais, nós que pagamos rodos de dinheiro quando temos que recorrer à Justiça e temos, agora, responsáveis, administradores do Supremo Tribunal de Justiça a cometer estas barbaridades?
      Como é que o Senhor se sente, você que está aí em casa?
      Este caso continua a ser investigado. Este caso está no Tribunal Criminal de Lisboa.
      Eu estou revoltado. Eu estou revoltadíssimo. Assumo, aqui, a minha revolta.

      Xerife Penas falou, tá falado!
       

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