sexta-feira, 11 de maio de 2012

PROGRAMA 44





Casino de Espinho obrigado a indemnizar jogador compulsivo

Casino de Espinho.

O Casino de Espinho foi condenado a pagar uma indemnização a um julgador compulsivo.

É verdade!

Um vendedor de automóveis de Vila Boa do Bispo, no Marco de Canaveses, desde 2003, altura em que começou a ser um frequentador assíduo do Casino de Espinho, derreteu uma autêntica fortuna nesse casino.


Todos os dias, esse homem de 37 anos a meio da tarde, abandonava o local de trabalho e ia direto ao Casino de Espinho.

Imaginem o que este homem chegou a fazer...

Chegou a jogar em sete máquinas ao mesmo tempo... a jogar em sete máquinas simultaneamente...

Estava verdadeiramente viciado.
Estava a derreter o que era seu e o que não era.

Estava a desgraçar-se completamente.

Este jogador chegou a derreter 8 000 euros por dia, em jogo.

Dá que pensar...

Mas, houve um momento... um momento de lucidez em que este homem disse: "Tenho que parar isto! Tenho que parar isto"!

E, então, o que é que ele fez?

Dirigiu-se à Inspeção Geral de Jogos e, ele próprio, pediu que o interditassem de jogar... ele próprio pediu: "Não me deixem entrar em mais nenhum casino! Proíbam-me"!

A Inspeção Geral de Jogos analisou o seu pedido. E a Inspeção Geral de Jogos decidiu: "Você está proibido de jogar! Você está proibido de entrar em qualquer casino em Portugal".

Fez chegar esta comunicação a todos os casinos de Portugal. Isto foi um documento escrito... Ele estava mesmo proibido de entrar nos casinos.

Pois é...

Mas, o Casino de Espinho o que é que ele fez?

Ignorou, pura e simplesmente, esta ordem.

Este homem, ao fim de um mês, não conseguiu dominar o vício. Voltou ao casino. E entrou normalmente. Não o proibiram. Voltou a jogar. Voltou a derreter, a continuar a derreter a sua fortuna.

E mais…

O casino enviava-lhe convites para festas sociais. Diziam os convites: “Você, venha à festa. Não paga nada. Tem uma suite no aparthotel que temos ao lado do casino, vai conhecer pessoas do jet set. Vai ter acesso ao nosso espetáculo. Não paga nada”.

Ou seja, o casino estava tudo ao contrário daquilo que a Inspeção Geral de Jogos recomendou. Estava a aliciar o homem… estavam a aliciá-lo… estavam a ajudar à desgraça de uma família… de uma família.
O Casino de Espinho cometeu este crime.

Um homem que quer abandonar o jogo a incentivar a que ele continue a derreter o seu dinheiro.

Em qualquer casino, junto de qualquer máquina, há uma placa: “Não gaste mais do que deve”. O casino é um lugar de diversão, não é um lugar de desgraça… Em muitos casinos, vê-se isto.
O Casino de Espinho fez isto tudo ao contrário.

E agora…?

Este homem já não tinha mais dinheiro… gastou-o.

O que é que ele fez?
Moveu uma ação ao Casino de Espinho. Então, ele diz: “Se eu estava proibido por que é que me deixaram entrar”?
Ele diz que, durante dois anos em que ele ficou proibido de entrar em casinos, gastou mais de 200 000 euros.

Ele pôs uma ação em tribunal e queria que o casino lhe desse esse dinheiro.

Houve agora a decisão. Houve um tribunal que decidiu. O casino foi condenado a pagar-lhe uma indemnização superior a 82 000 euros.
O Xerife Penas recomenda aqui: cuidado! Os casinos são lugares de diversão! Não são lugares para a gente se desgraçar! Tenham cuidado!


Sobre este caso, o Xerife Penas falou, tá falado!

O contrato de arrendamento da Veolia, um caso de polícia? 

Mais um caso que envolve uma entidade privada, Veolia, e uma entidade pública, Câmara Municipal de Paredes.
Os paredenses pagam, neste momento, a água mais cara… é das mais caras do país e o saneamento também.
E sabem porquê?

Porque o antigo presidente da Câmara Municipal de Paredes, Granja da Fonseca, assinou um contrato com esta multinacional, Veolia, que está a depauperar, ainda mais, os bolsos dos paredenses…

O serviço oferecido pela Veolia não é nada de especial…
E agora, recentemente, a Veolia massacra os paredenses com taxas que muitos dizem que são ilegais… um montante exorbitante pelo preço por metro cúbico do saneamento e da água. É um aumento inacreditável.
Mas, o Xerife Penas e a produção deste programa continuou a investigar… continuou a investigar… E há agora um dado novo.
O antigo presidente da Câmara, Granja Fonseca, conseguiu fazer um contrato verdadeiramente inacreditável… Infelizmente, este senhor tem um filho deficiente profundo, se assim se pode dizer - acho que sim, que se pode dizer assim. Mas, agora, vejam o inacreditável disto…
A Veolia paga uma renda. Sabe qual é a renda? Cinco mil euros! Cinco mil euros!
É verdade!
Mas, cuidado que isto já vai de alguns anos… São 60 000 euros por ano!
 
Pois é…
 
Mas, quem é o senhorio da loja?
 
Esse senhorio é o filho do Presidente da Câmara…
 
É ele o senhorio da loja…
Meus caros amigos, eu não estou contra que se façam contratos de arrendamento… eu não sou contra que o filho do presidente da Câmara faça um contrato de arrendamento com uma empresa…
Agora, por que é que a Veolia não comprou a loja? Porquê? Sessenta mil euros por ano desde há para aí seis, sete anos…
Isto não é brincar com os paredenses?
E, agora, ainda por cima, taxam a água e o saneamento a preços exorbitantes…
Isto não será um caso de polícia? - digo eu - Isto não é um caso de polícia?
A Câmara Municipal é uma entidade publica, gere dinheiros públicos.

É um caso para ser investigado… é um caso para ser investigado!

Mas, sobre este caso, o Xerife Penas falou, tá falado!

segunda-feira, 7 de maio de 2012