quinta-feira, 8 de março de 2012

PROGRAMA 03



Tarado inventava cancros para despir mulheres por telefone

É isso! É isso... leu bem, leu bem!

Tarado inventava cancros para despir mulheres por telefone!

Carlos Ferreira da Vila das Aves, Santo Tirso era um homem bem falante, era um homem, aparentemente, normal. Era um chefe de família, tinha quatro filhos

Mas, este homem, um dia, lembrou-se de começar a fazer alguns telefonemas...


Este homem, não se sabe bem como, mas conseguiu ter acesso a dezenas, a dezenas e a dezenas de números de telefone de mulheres que fizeram testes para perceberem se tinham o cancro do colo do útero ou da mama, do Minho ao Algarve.
Carlos Ferreira, era um vendedor, era um venedor convincente. Era um vendedor com muito boa conversação...
Pois é...!
Mas, este Carlos Ferreira, da Vila das Aves, aqui, em Santo Tirso, ainda tinha um dom adicional. Este homem conseguia imitar na perfeição uma voz feminina. E então, quando percebia que estava a falar com uma mulher que, de facto, tinha feito um desses exames, este homem ou era uma tal Dra. Patrícia Oliveira do Hospital de S. João, do Hospital de Santo António, do Hospital de Braga, do Hospital de Faro, do Hospital da Universidade de Coimbra, enfim, da Covilhã, de muitos e muitos hospitais ou, então, também usava o nome da Dra. Maria José, do Serviço Nacional de Saúde.
Este homem inteligente, este homem inteligente resolveu provocar o caos em muitas famílias e destruir, por muitos dias algumas mulheres: "Minha Senhora, o seu teste deu positivo"!
Caiu... caiu tudo em cima desta mulher!
Caiu tudo em cima destas dezenas de mulheres, do Minho ao Algarve, mulheres de vários estratos sociais, a dona de casa, a mulher a dias, advogadas, engenheiras, gestoras de empresas..
Imaginem só, imaginem só a capacidade deste homem! Imaginem só a capacidade deste Carlos Ferreira, da Vila das Aves, de Santo Tirso! Até estudantes de Medicina, até estudantes de Medicina ele conseguiu ludibriar... até estudantes de Medicina ele conseguiu ludibriar...

Imaginem só, imaginem só a capacidade deste homem! Imaginem só a capacidade deste Carlos Ferreira, da Vila das Aves, de Santo Tirso! Até estudantes de Medicina, até estudantes de Medicina ele conseguiu ludibriar... até estudantes de Medicina ele conseguiu ludibriar...!
Mas, o que é que este homem fazia, afinal? O que é que fazia este homem afinal?
Fazendo apelo à sua inteligência, à sua conversação fluente, à sua meiguice própria de uma mulher, ele dizia: "Minha Senhora, acalme-se! O mundo não vai acabar aqui, o mundo não vai acabar aqui! Acalme-se! Como sabe, nestes casos, é urgente que o tratamento comece rapidamente, é urgente que o tratamento comece rapidamente! E é para isso que eu, Dra. Patrícia Oliveira, lhe estou a ligar. A Senhora, com o seu telemóvel, e se for de terceira geração ainda melhor, vai fazer um filme das partes do seu corpo onde existe o cancro para eu posteriormente analisar e iniciar, logo que possível, o tratamento"!
Este homem, este Carlos Ferreira de Santo Tirso, este homem com três mulheres em casa, filhas, e a sua própria mulher, teve a coragem de enganar dezenas, dezenas, dezenas de mulheres!
Pois é... a inteligência tem limites... para Carlos Ferreira também teve!
Este homem começou a ter muitos problemas, também problemas que ele próprio sabia que estava a dar e, por isso, percebeu nitidamente que se calhar tinha de parar. Parou, durante uns dias.
Mas, toda a gente pensava que era uma mulher que fazia estes telefonemas!
Ele falava em nome de hospitais: São João, Santo António, Braga, Guarda, Hospital da Universidade de Coimbra...
Os resultados eram nulos, nulos...
E as operadoras de telemóveis...? E as operadoras de telemóveis...?
Pois...
Mas, Carlos Ferreira era um homem inteligente. Ele usava cartões pré pagos. Era impossível às operadoras saberem quem era o autor dos telefonemas, era impossível. Apenas conseguiam perceber que a maioria dos telefonemas eram da zona de Santo Tirso e da Vila das Aves, porque os sinais das antenas isso diziam. As antenas dos telemóveis diziam: "É daqui, desta zona que os telefonemas são feitos".
Pois é...
Na ânsia, na ânsia de captar mais uma mulher, ele faz mais um telefonema.
Mas, desta vez, encontrou uma mulher muito prespicaz. Ele, desta vez, conseguiu encontrar uma mulher muito inteligente. Esta mulher manteve o sangue frio! Esta mulher manteve o sangue frio!
Carlos Ferreira descontrolou-se naquele telefonema. Carlos Ferreira não contava com a reação daquela mulher e então. a dado momento daquele telefonema, ele disse: "Eu estou a ligar-lhe porque vi o seu número de telemóvel no Leclerc de Lousada, no supermercado".
Erro fatal!
Provavelmente, estava aqui o início da descoberta deste caso. Provavelmente, estava aqui o início da descoberta desse caso...
Essa mulher inteligente pegou no seu telemóvel e foi levá-lo à polícia. Essa mulher, muito prespicaz, teve a força suficiente para pegar no seu telemóvel e levá-lo à polícia!
A polícia, na posse deste elemento, o que é que fez? O que é que fez a polícia na posse deste elemento? Foi ao Leclerc de Lousada, foi ao Leclerc de Lousada e pediu para visionar as imagens da câmara de vigilância daquele dia e daquela hora. E o que é que a polícia vê? Um Rover 200... A polícia vê um Rover 200. Alguém acionou aquele número de telemóvel de dentro daquele Rover 200, pelas imagens que se via. Alguém acionou aquele número de telemóvel àquela hora, do interior daquele Rover 200...
A polícia investigou... a polícia investigou... Mas eis que um polícia atento, um polícia muito atento reparou que o Rover 200 estava parado ao pé de um snack bar, viu, reparou que o Rover 200 estava parado ao pé de um snack bar!
E eis que aparece o Carlos Ferreira, de telemóvel, a tentar convencer outra mulher, a tentar convencer outra mulher...!
Foi preso! Foi preso!
E agora? E agora? E agora, pergunto eu?
Você que está aí a ler este bog o que é que faria...? O que é que faria se fosse a sua mulher, a sua irmã, a sua mãe...se acontecesse isso a alguém da sua família...?
Pois é! Pois é...!
Este homem não se importou de nada... este homem não se importou de nada!
Mas, este caso, este caso está a ser julgado... Este caso vai ter uma sentença... Um juiz vai dar a sua sentença!
Por mim, este caso tem de levar uma severa punição!



Xerife Penas falou, tá falado!


 




Mãe maltratava filho deficiente e abusava dele sexualmente



Uma mãe, dois filhos, um deficiente e ainda uma nora... quatro pessoas a morarem num bairro social do Porto.


O filho mais novo, de vinte e um anos, é portador de uma história muito triste, uma história muito comocente!

Ele é deficiente, trissomia 21, mal consegue falar, não consegue quase falar...

Este rapaz de vinte e um anos era insultado em plena rua, era maltratado em plena rua, era sovado em plena rua, era pontapeado em plena rua!

E sabem por quêm?

Pela sua própria mãe!

Como é que é possível? Como é que é possível uma mãe fazer isto a um filho, a um pobre filho, a um débil, a um débil ser humano e ainda por cima tão deficiente como ele era?

Metia dó! Metia dó! Metia dó ver aquele miúdo sempre triste, triste, triste, acabrunhado... metia dó!

Mas, agora, você que está aí em casa faz uma pergunta, como eu fiz: "Como é que que é possível mais três pessoas lá em casa e ninguém, ninguém dizer nada? Como é que é possível? Como é que é possível ninguém fazer queixa? Como é que é possível?"...
Este rapaz de vinte e um anos que que morava com a sua mãe, com o seu irmão, com a sua cunhada num bairro social do Porto, do Porto (!), era constantemente violentado, era constantemente violentado, na rua maltratado...!
Ele não podia com nada, a mãe obrigava-o a trazer as compras! Sacos de 30, 40 kg, que ele era obrigado a trazer sem poder! Ele chorava, ele punha-se de joelhos, ele fazia tudo...

Pois é... mas, o problema é que o caso, este triste caso de uma mãe a sujeitar um filho desta maneira, ainda por cima deficiente, tem mais contornos... tem contornos ainda muito, muito mais graves!

Alguém, por ventura, alguem, por ventura, perguntou a si próprio por que é que este rapaz de vinte e um anos, deficiente, trissomia 21, todos os dias, de manhã chorava compulsivamente, todos os dias de manhã chorava...?

Ele não era o mesmo de manhã! Nunca era o mesmo de manhã! Triste! Notava-se no olhar dele, notava-se que ele tinha um coração triste, triste, triste, triste...!

Porquê? Porquê, pergunto eu.

O que é que se passava, à noite, dentro das paredes daquela casa? O que é que se passava, à noite, dentro das paredes daquela casa...? De certeza, algo de grave... O que é que se passava lá dentro...?

Álcool já se sabia que existia, álcool já se sabia que existia!

Mas, o que é que existia mais ali...? O que é que existia mais ali...?

Ele era muito triste de manhã, muito triste! Ele chorava, ele chorava! Não conseguia dizer nada, mas chorava, chorava, chorava...!

Pois é...
Esta mãe, esta mãe que não devia ser mãe, à noite, despia-se, despia-se à frente do filho! Metia-se na cama do filho completamente nua! Punha-o nu, também e... violava-o! E violava-o!

A sua própria mãe!

A própria mãe a violar o seu próprio filho deficiente!

Ele queria saltar da cama, ela não deixava, ele queria saltar da cama, ela não deixava! Ele tentava fugir, ela agarrava-o! Ela amarrava-o à cama para ter relações com ele!

Como é que é possível? Como é que é possível, uma mãe fazer isto a um filho deficiente? Como é possível...?

Ele não queria aquilo, só que ele não sabia dizer nada...!

Era uma tristeza tremenda naquele coração!

O que é que esta mãe merece? O que é que esta mãe merece?

Eu dizia-lhe...! Eu dizia-lhe o que é que ela merece...!

Uma mãe, com sessenta e quatro anos, tinha sessenta e quatro anos...!

Eu dizia o que é que ele merecia, dizia...! Eu dizia o que é que ele merecia, dizia...!

Mas, ainda bem, há sempre alguém, há sempre alguém...! Alguém percebeu isto! Alguém percebeu isto! Denunciou às autoridades competentes! As autoridades foram rápidas, a Segurança Social foi rápida!

Este caso, agora, está em sede de julgamento. Este caso vai correr os seus trâmites na Justiça. Vai haver uma sentença...

Mas, há uma coisa que eu peço como cidadão, há uma coisa que eu peço como cidadão: os organismos oficiais têm obrigação de olharem por este rapaz, têm obrigação de lhes proporcionarem melhores momentos de vida, têm obrigação de o tratarem, têm obrigação de lhe darem um lar! É isto que eu peço! É isto que, de certeza, você que está aí em casa a ler-me pede! É isto que você está a pedir, neste momento, que aconteça a este rapaz!

A Justiça vai decidir!




Xerife Penas falou, tá falado!

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