quinta-feira, 8 de março de 2012

PROGRAMA 06



Filho mata o pai à facada e incendeia a casa


        
Filho mata o pai à facada e incendeia a casa na Póvoa do Varzim!
É verdade!
Filho mata o pai à facada e incendeia a casa na Póvoa do Varzim!
Foi um espetáculo terrível! Foi um espetáculo terrível!
Vizinhos completamente atónitos! Toda a gente perguntava: "O que é que aconteceu? O que é que aconteceu?"
Casa incendiada... casa incendiada...
Um homem de 46 anos morto...muito sangue... todo amurdaçado...
Polícia chamada a investigar... a Polícia Judiciária chamada a investigar...
Vizinhos completamente admirados: "Como é que aquele homem bondoso morre desta maneira? Como é que aquele homem bondoso morre desta maneira? Quem fez isto? Quem fez isto?" - pergunta o vizinho mais chegado.
Pois é...
Um filho lindo, um filho bondoso, um filho exemplar...
Queria ser piloto de aviões... Em determinado momento, este jovem de 20 anos quis ser piloto de aviões. Andava a tirar o curso. O pai incentivava-o... o pai incentivava-o... O pai fazia tudo para lhe dar o dinheiro suficiente para ele tirar o curso de Ciências Aeronáuticas.
Mas, reparem... tinha 20 anos, este jovem...Este jovem, muito provavelmente, não sabia muito bem o que queria...

Mas, o pai disse: "Tens que ser piloto! Tu tens que ser piloto de aviões!"
O filho dizia: "Eu já não quero ser piloto! Eu já não quero ser piloto!"
Mas, o pai dizia: "Eu meti-me a jogar poker, eu meti-me a jogar poker para ganhar mais dinheiro para pagar essa licenciatura... Tu tens que voar! Tu tens que voar!"
Mas, o filho dizia: "Não, pai, não, não, não!"
E, sem o pai saber, sem o pai saber... O que é que este jovem fez?
Começou a tirar um curso de Engenharia Informática... começou a tirar um curso de Engenharia Informática...
O pai entrou em transe completo... o pai entrou em transe completo: "Mas, o que é que eu vou fazer...?"
E o filho dizia: "Pai, eu quero ser engenheiro informático!"
O pai dizia: "Vais ser piloto!"
O jogo do poker começa a desmoronar-se... o homem do poker começa a desmoronar-se... Esta família, pai e filho, sempre unidos, sempre unidos, exemplo para os vizinhos, esta família começa a desmoronar-se... esta família começa a desmoronar-se dentro daquelas quatro paredes...
E a Polícia Judiciária diz: "Quem matou o pai foi o filho. Quem matou o jogador de pocker da Póvoa do Varzim foi o filho!"
Familiares disseram: "Não pode ser!"
"Foi, foi, foi o filho que matou!"
"Terá sido mesmo? - perguntavam os vizinhos. "Terá sido mesmo?"
O filho foi chamado a tribunal. O filho foi detido, foi chamado a tribunal.
Confessou o crime.
Não sabia como o tinha feito, mas, num dia, num dia, completamente tresloucado, aquele jovem bom, bonito por dentro e por fora, completamente tresloucado, entra na cozinha, pega numa faca e...
O que é que ele faz?
Esventra o pai!
Matou o pai à facada... matou o pai à facada...
Incendiou a casa.
Ele fez tudo.
Ele fazia tudo.
Ele saiu completamente tresloucado. Ninguém sabia onde é que ele tinha ido...
A polícia entrou em ação. A polícia prendeu este rapaz de 20 anos, este rapaz que sempre foi o filho querido, sempre foi amado por toda a gente, sempre amou aquele pai...
Reparem... Ele dizia aos seus amigos: "Eu tenho o melhor pai do mundo!" Ele dizia aos seus amigos: "Eu tenho o melhor pai do mundo!"
Mas, o que é que aconteceu na cabeça daquele rapaz... o que é que aconteceu na cabeça daquele rapaz?
Ele não conseguiu suportar, ele não conseguiu suportar a ideia firme, completamente firme do pai.
E o que é que aconteceu... o que é que aconteceu?

Matou! Matou! Ele matou o pai à facada! Ele matou o pai à facada!

Mas, agora, agora, agora, eu digo: "A Justiça, a Justiça vai atuar... Este jovem é um rapaz bom... é um rapaz bom! Mas, matou, matou o pai à facada! A Justiça, um dia, vai dar a sua sentença...


Eu, Xerife Penas, falei, tá falado!



 
  

Estado indemniza em milhões de euros padres de Fátima burlados por bancário do BPN


    Leonel Gordo era um funcionário do BPN, era um funcionário astuto, um funcionário muito estudioso da sua profissão.
E então, contactou o Instituto Missionário da Consolata, da Cova da Iria. Este instituto tinha muito dinheiro, muito dinheiro depositado em várias contas no BPN... Estamos a falar de quase 4 milhões de euros... quase 4 milhões de euros!

Mas, este funcionário inteligente, muito inteligente, bem vestido, ia, muitas vezes, a essa instituição, conhecia, por dentro e por fora, todas as pessoas que dirigiam essa instituição, conhecia o padre responsável pelo setor financeiro, pela parte financeira deste instituto e dizia:
- Senhor Padre, obrigado, obrigado! Eu acabo de ser nomeado um dos melhores funcionários do BPN e sou um grande especialista em questões financeiras, em aplicações de capitais de risco! Eu sou o maior... Tenho grandes louvores...
E o padre dizia:
- Vamos continuar a fazer investimentos... vamos continuar a investir mais... Queremos ganhar mais dinheiro...
- Pois é, Senhor Padre, eu vou passar a fazer mais visitas ao vosso estabelecimento, ao vosso instituto...
E os padres investiam, investiam, investiam...
Pois é...
Mas, eu estou...! Isto enerva! Sabe? O que vai acontecer agora enerva! Sabem o que é que aconteceu?
Este homem, este Leonel Gordo, funcionário do BPN. era um grande burlão, era um grande burlão...
E os padres acreditavam... e os padres acreditavam. meses e meses e meses...! Puseram quase 4 milhões de euros à sua disposição...!
Eu pergunto: "Onde é que está o dinheiro? Para onde foi o dinheiro? Para onde é que foi o dinheiro?"
Foi perdido! O dinheiro foi perdido em ações!
E os padres insistiam: "Queremos o dinheiro! Queremos saber onde está o dinheiro! Queremos os comprovativos!"
Todas as transferências foram dadas em dinheiro dentro do instituto a este homem...
- Padre, peço clemência! Utilizei o dinheiro em ações... perdi-o todo!"
- E agora, homem? E agora, homem? O que é que vamos fazer com isto?"
- Padre, perdi o dinheiro todo!
Pois é... pois é!
Mas, este caso não acaba aqui... este caso não acaba aqui!


Este banco foi nacionalizado. Este banco foi vendido a um banco angolano.
Mas, sabem o que é que aconteceu? Sabem o que é que aconteceu?
Este dinheiro não foi assumido pelo banco que comprou o BPN... este débito, esta trafulhice não foi assumida, esta burla não foi assumida...
E agora? E agora?
Você que está aí em casa vai perceber a minha indignação...
Mas, por que é que tenho de ser eu a pagar isto? Por que é que tem de ser o Estado a pagar isto?
Porquê? Porquê? Por que é que tem de ser o Estado, eu, você, toda a gente a pagar isto? 4 milhões de euros... 4 milhões de euros!
Se um foi burlão, o outro deixou-se burlar...!
E agora que culpa tenho eu?
Os meus impostos pagarem 4 milhões de euros...!
Quer dizer, já não basta, já não basta ter Presidentes da Assembleia da República reformados aos 42 anos com 10 000 euros de reforma, presidentes de empresas públicas a usarem os cartões de crédito para comprarem bens pessoais..!
Eu tenho que pagar mais isto?
Acham isto justo?
O homem não tem o dinheiro.
Foi condenado.
Recorreu.
E agora? E agora? Eu também vou ter que pagar aos padres de Fátima?
Vocês acham isto justo?
Mas, onde é que nós estamos? Eu pergunto: "Onde é que nós estamos?"
Isto é pornografia, meus caros... pornografia. digo eu, digo eu, é por-no-gra-fia, com as letras todas!
E vou ter de ajudar a pagar os carros de luxo dos ministros... Eles vão às compras com os carros, com os funcionários... eles fazem isto tudo e eu vou ter de pagar mais isto?!
Pois é...
Percebeu a minha indignação! Percebeu a minha indignação!

Mas, o Xerife Penas falou, tá falado!

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