sábado, 24 de março de 2012

EM BREVE, NO PROGRAMA, OS ABUSOS PARTICADOS PELA VEÓLIA

O XERIFE PENAS vai dedicar um programa sobre os verdadeiros abusos praticados pela concessionária da água e saneamento de Paredes.A empresa em causa é a VEOLIA.

sexta-feira, 23 de março de 2012

ASSISTA AO PROGRAMA DO XERIFE PENAS



Assista ao programa do Xerife Penas, na Rtv, no canal 193 da Zon, 19 da CaboVisão ou em www.rtv.com.pt.






Siga o seu canal do Youtube em

http://www.youtube.com/user/xerifepenas?ytsession=BJqSCKuTdKXILooCUf-aECygUzoiJlqUF68aELkphU2WzE_oCez7FN2Kke-kTSSDQgL0QipGYvwQ4ef9iSCtgNyDgIs75kLR6vljgt_wGt1P2idzdXe98c2Ik21MYmckdCQWPhi2GXkNyK6uVbNfYnWXz_N_Wpoe2jmQ5KANtmR8FJIjxzVFTF2lVrpZ1otXrKdWDTUqGJNXckUBV84aCCn9YTC5hZVzluxMGaP1tCy_5G8JhjX0N3nsI-hU2BVf6zyXMmpuHJ8TsUQwA5-0gQe

PROGRAMA 22


Emigrante português morre em Bruxelas abandonado

      Emigrante português morre em Bruxelas abandonado!
      É isso mesmo... Emigrante português morre em Bruxelas abandonado!
      Isto é um caso que pode envergonhar a comunidade portuguesa emigrante na Bélgica...
      António Nunes, 49 anos...
      Este homem, trabalhador, muito trabalhador, vários anos emigrante, vários anos emigrante, sempre em Bruxelas.
      Mas, o que é que aconteceu a este homem? O que é que terá acontecido a este homem?
      Este homem, nos últimos anos, não teve sorte. Desempregado. Empresas por onde trabalhou caíram na falência.
      Triste... andava sempre muito triste este homem, muito triste...
      Pois é...
      Este homem moveu alguns processos contra as empresas... nenhuma lhe estava a pagar.
      Mas, apareceu outro português, o Vitorino Narciso... Este português tinha uma empresa de construção civil. Este homem, o António, foi trabalhar com ele... foi trabalhar com ele. Mas, estava a ser explorado... estava a ser bastante explorado... Isto mexia muito com ele! O homem chegava a casa, desabafava com a mulher:
- Isto não está bem!
- Mas, nós ainda não temos condições para regressar a Portugal. Vamos ter que aguentar! - diz a mulher - Vamos ter que aguentar... vamos ter que aguentar!
      O homem andava doente já... o homem já andava doente. Mas, estava com dificuldades, muitas dificuldades económicas. Aceitou o trabalho... aceitou o trabalho.
      E agora imaginem...
      Depois de vários anos emigrante na Bélgica, este homem deixou de ter um vínculo laboral, foi considerado um migrante ilegal.
      Onde é que entra, aqui, a comunidade portuguesa? Ou melhor, onde é que entra aqui a força, a força das nossas autoridades? Um homem que sempre esteve legal na Bélgica... que sempre esteve legal na Bélgica, a infelicidade do desemprego cai-lhe em cima e ele passa a ser ilegal...? Nós não estamos numa Europa comunitária? O que é isto?
      Mas, sabe o que é que aconteceu ao António Nunes?
      Uma coisa muito, muito pior!
      Este homem já com dificuldades para se tratar, este homem sofria do coração. Ao trabalhar nos andaimes de uma obra, sofreu um ataque cardíaco. Caiu. Caiu desamparado no chão.
      Mas, nem na hora de morrer, este homem conseguiu ter felicidade! Os patrões pegaram nele num forgão, meteram-no na caixa, andaram com o corpo duas horas... andaram com o corpo duas horas, por Bruxelas, pelos seus arredores...
      E sabem o que é que estes outros portugueses fizeram? E sabem o que é que estes outros portugueses fizeram?
      Abandonaram-no! Abandonar-no num sítio ermo. O homem teve os seus minutos finais... os momentos finais de vida deste homem... Foi abandonado... abandonado num sítio ermo por outros portugueses!
      Alguém deu por ele... alguém deu por ele. Chamaram as autoridades. Foram para o hospital. O homem estava morto... morto!
       As autoridades belgas fizeram-lhe a autópsia... perceberam que ele ainda durou alguns momentos com vida...
      Mas, os homens abandonaram-no ainda com vida... Tiveram coragem...
      O Vítor Narciso e o compincha dele tiveram coragem de abandonar um homem com um ataque cardíaco sem nada, sem ninguém para ele morrer!
      E porquê? E porquê? - pergunto eu - E porquê? Por que é que fizeram isto? Sabem porquê? Sabem porquê?
      Porque não queriam pagar os respetivos impostos. Porque o homem estava ilegal. Sabiam que as autoridades da Bélgica iam ao local do acidente e iam pagar uma multa pesada... eles iam pagar uma multa pesada! E, por isso, preferiram deixar morrer o homem assim abandonado na tentativa de nada se vir a descobrir...
      Mas, os outros portugueses que trabalhavam na obra, os outros colegas que trabalhavam na obra? Ninguém? Ninguém deu alarido sobre isto?
      Este caso aconteceu em Novembro. Só passados três meses é que isto veio a opinião pública a saber! A opinião pública só veio a saber há três meses após. Tudo, tudo, tudo no segredo dos deuses...
      Meus amigos, pobre sina a deste homem... Pobre sina a deste homem!
      É condenável! É condenável o tratamento destes homens miseráveis. Este Vitorino foi miserável, miserável!
      As autoridades da Bélgica estão agora a investigar. Vai haver um tribunal da Bélgica que vai dar a sua decisão.
      Este caso, para o Xerife Penas está encerrado.

      Xerife Penas falou, tá falado! 

  Pai mata filho em plena rua com um tiro na face

     Agora, mais um caso terrível, terrível, terrível!
      Em plena rua.
      Em plena cidade de Portimão, o pai matou o filho com um tiro na cara... desfacelou completamente a cara!
       É verdade!
      O que é que pode levar um pai a matar o seu próprio filho? O que é que pode levar um pai a matar o seu próprio filho em plena rua?
      Mas, repare...
      Os vizinhos não ficaram muito admirados... os vizinhos não ficaram muito admirados quando viram o Marco Pina no chão a esvair-se em sangue... não ficaram muito admirados! Já alguém tinha dito que, qualquer dia, aquilo ia acontecer...
       O António Pina, um mariscador, um homem que se dedicava ao marisco e ao álcool...
       Mas, mesmo assim, o que leva um pai... o que leva um pai a exercer tamanha violência sobre o seu filho... O que leva um pai?
      Esta estória, no início, ficou um pouco mal contada...
      Mas, nós investigámos, investigámos melhor... E começamos a perceber por que é que isto aconteceu... por que é que isto aconteceu...
      Não era só droga. Não era só álcool. O Marco, o miúdo que morreu, já tinha graves problemas criminais... já tinha graves problemas criminais...e tinha só 18 anos...O Marco, o Marco já tinha estado em várias casas de correção bem longe, bem longe de Portimão, no Porto, por exemplo. O Marco fugia. O Marco voltava. O Marco fugia. O Marco andava por maus caminhos... andava por maus caminhos. Vários assaltos ele já tinha no seu ativo.
      O pai bebia. É verdade. Mas, o pai trabalhava. Mas, o pai não roubava. O que o António Pina, se calhar, não sabia era comunicar com o filho. Mas, ele também era violento. O António Pina batia na mulher. Batia nos outros filhos. Mas, não cometia nenhum crime daqueles que pudessem pôr em perigo outras pessoas.
      É significativo que, no momento da detenção, uma filha agarrou-se ao pai... uma filha agarrou-se ao pescoço do pai e disse: "Eu não te vou largar! Eu vou te dar todo o apoio"! Isto quer dizer alguma coisa...
      Mas, nada pode justificar a morte do seu próprio filho! Mas, nada pode justificar a morte do seu próprio filho!
      Mas, agora, reparem...
      Leiam bem aquilo que eu vou escrever...
      Mais uma vez... mais uma vez, as instituições, as instituições que têm por dever, em Portugal, acautelar, acautelar as vidas das pessoas, acautelar o bom acompanhamento dos jovens....estamos  falar d um jovem de 18 anos... acautelar um jovem de 18 anos...É certo que ele já era maioritário, mas, mais uma vez, falharam... mais uma vez, falharam. Este rapaz já não era acompanhado há algum tempo... Desde os 17 anos, já deixou de ser acompanhado e deu no que deu... Roubos e mais roubos e mais roubos até que o pai, a seguir a uma discussão, pega na caçadeira, encontra-o na rua e...
      Tau!
      Tau!
      Tau!
      E mata!
      Será que nós, agora, não temos alguma responsabilidade sobre isto?
      Será que este crime não seria evitado? Será que este crime não seria evitado se a mãe, se os irmãos, se a família, outros familiares, se os vizinhos dissessem: "Cuidado que isto vai acontecer! Cuidado que isto vai acontecer! Cuidado! Insistam! Insistam! Insistam"!
      Mas, aconteceu... mas, aconteceu!
      Sobre este caso, que agora o tribunal de Portimão vai sentenciar, o Xerife Penas falou, tá falado!     

 

  

quarta-feira, 21 de março de 2012

CANAL DO YOUTUBE DO XERIFE PENAS

Este  é o canal do Xerife Penas no YOUTUBE
http://www.youtube.com/user/xerifepenas?ytsession=BJqSCKuTdKXILooCUf-aECygUzoiJlqUF68aELkphU2WzE_oCez7FN2Kke-kTSSDQgL0QipGYvwQ4ef9iSCtgNyDgIs75kLR6vljgt_wGt1P2idzdXe98c2Ik21MYmckdCQWPhi2GXkNyK6uVbNfYnWXz_N_Wpoe2jmQ5KANtmR8FJIjxzVFTF2lVrpZ1otXrKdWDTUqGJNXckUBV84aCCn9YTC5hZVzluxMGaP1tCy_5G8JhjX0N3nsI-hU2BVf6zyXMmpuHJ8TsUQwA5-0gQe

PROGRAMA 21



Erro médico:

mulher é operada a uma hérnia que, afinal, era um bebé 


    Uma mulher de 47 anos, a Maria Assunção Santos, esta mulher é uma mulher que, dificilmente, qualquer pessoa vai entender o que aconteceu...
      Esta mulher de 47 anos... Imaginem... Imaginem... foi a uma consulta do hospital. Não se sentia bem. Disse que tinha dores de barriga. Era uma mulher bastante gorda, com muito volume.
      E, agora, imaginem o caso desta mulher...
      É mesmo, mesmo, mesmo insólito!
      Esta mulher de Friamunde, no concelho de Paços de Ferreira, foi levada entretanto para o Hospital da Misericórdia de Lousada. Aí, os médicos de serviço pensaram que se tratava de uma hérnia. Imaginem... Pensavam que se tratava de uma hérnia...
      A senhora nada disse... a senhora nada disse...
      Fez exames. Fez ecografias. E, passados alguns dias, os médicos decidiram: "Vamos operar a hérnia!"
      Mas, agora, vejam bem o que aconteceu... vejam bem o que é que aconteceu...
      Estamos em Portugal... estamos em Portugal, onde as técnicas aplicadas são altamente evoluídas...!
      Afinal, a senhora não tinha hérnia nenhuma! Tinha era uma criança dentro dela! Afinal, a senhora não tinha hérnia nenhuma! Tinha era uma criança dentro dela! E, calculam os médicos com 36 a 40 semanas... já com 36 a 40 semanas!
      Isto é verdade... isto é verdade!
      Mas, a mulher também não sabia que estava grávida? Mas, a Maria da Assunção não sabia que estava grávida?
      É difícil de entender... é muito difícil de entender! 
      Mas, a mulher também não sabia mesmo. Ela disse que o período menstrual era muito irregular, estava prestes a atingir a menopausa.
      Mas, como é que tudo isto pode acontecer? Mas, como é que isto pode acontecer?
      Mas, ainda não sabe tudo deste caso... ainda não sabe tudo deste caso...
      Os médicos já não a operaram... os médicos já não a operaram.
      Ela foi transferida para o Hospital de Penafiel. Mas, no Hospital de Penafiel, o que é que viram?
      "O feto é altamente defeituoso... Tem deficiências ao nível dos rins, tem deficiências ao nível cerebral... É um feto que vai ser complicado..."
      Mandaram-na para o Hospital de S. João... mandaram-na para o Hospital de S. João. No hospital de S. João, decidiram: "Temos que fazer nascer já esta criança! Temos que fazer nascer já esta criança!"
      A criança nasceu... a criança nasceu. Ao que tudo indica, é bastante defeituosa. Não sabemos se vai sobreviver!
      Familiares... o filho mais velho da mãe, agora, quer acusar os médicos... quer acusar os médicos por negligência . É que esta mulher estava a seguir um tratamento médico próprio para quem tem uma hérnia e não para quem vai ser mãe... Não era para quem estava grávida. Fez testes de esforço... Tomou medicamentos completamente errados...
      E agora, sabe-se lá se não foi isso que veio a criar complicações a este recém-nascido... sabe-se lá se não foi isso que veio a criar complicações a este recém-nascido...
      Mas, como é que isto é possível? - pergunto eu. Mas, como é que isto é possível. Como é que é possível isto?
      Mas, ó minha senhora, já não era a primeira gravidez... Também não tinha nenhuma experiência? Também não conseguiu dizer aos médicos? O que é que a levou a não dizer nada, nem sequer suspeitas...?
      Especialistas médicos dizem: "Se a ecografia não for feita com a intenção de ver se a pessoa está ou não está grávida, pode não detetar a gravidez".
      Foi isso que aconteceu!
      Mas, também não percebo... Detetou uma hérnia que não existia?
      Mas, afinal, também como é que estamos? Como é que se pode detetar uma hérnia que não existe? - pergunto... pergunto eu. Se a ecografia não foi dirigida para uma mulher que vai ser mãe, como é que essa ecografia diz que é uma hérnia se ela não existe?
      É complicado, este caso! É mais um caso complicado... Parece que vai parar na Justiça...
      Mas, o Xerife Penas já falou o que tinha a falar sobre este caso.
 
      Xerife Penas falou, tá falado!

Violentava a mulher, violava a filha adotiva e passou a violar também o filho biológico

      Agora, eu até tenho de respirar fundo para vos poder contar este caso...
      Como é que um homem, 45 anos, bem falante, culto, bem na vida, bom racionamento inter-pessoal, bom relacionamento com os colegas, subiu na hierarquia, era diretor de uma agência bancária no Porto.
      Este homem, sabe o que ele era? Sabe o que era este homem?
      Um monstro! Este homem era um MONSTRO com as letras todas, bem maiúsculas! 
      No trabalho, era um deus... no trabalho, era fabuloso! Em casa, era o diabo... em casa, era o diabo! Como trabalhador, nota 20. Como pai de família, nota 0, nota -0, -10, -20, -30!
      Sabem o que este monstro fez? 
      Este monstro tinha dois filhos, um rapaz e uma rapariga. O rapaz era filho biológico. A rapariga era adotada.
      Mas, como é que é possível termos, mais uma vez... mais uma vez... um caso de adoção - em que as crianças adotadas, por norma, são super amadas - ... como é possível que um caso de adoção deu naquilo que agora vos vou contar...?
      A menina, durante sete... sete anos, andou a ser violada por este monstro... andou a ser violada por este monstro!
      Este homem não tem qualificação possível! Este homem não tem qualificação possível!
      Depois, veio-se a saber que a mãe, a mãe da criança , esposa dele, era violentada em casa.
      O homem também partia tudo em casa... ele partia tudo. Ele batia em todos. Mal chegava ao emprego, era um anjinho... era um homem bom, um homem lindo... no banco, ele progrediu... Mas, em casa, ele partia tudo!
      Mas, violar aquela criança, que ele adotou, durante sete anos, ameaçá-la consecutivamente... Ameaçava-a consecutivamente!
      Mas, repare... Ainda não vos contei tudo. Eu ainda não vos contei tudo este caso!
      É que ele, a partir de determinada altura, também começa a violar o filho, aquele que ele fez mesmo!
      Este homem não tem justificação, já disse! É monstro, monstro, monstro!
      Mas, sabe o que é que ele fazia também?
      Ele obrigava a menina, agora com 14 anos... ele obrigou a menina a fazer-lhe tudo e a gravar! Ele punha uma pen... ele pôs no seu próprio computador tudo o que fez com a menina!
      A Policia Judiciária apanhou essa pen!
      Este homem é porco, porco!
      E sabe que este homem esteve quase, quase, quase a não ir preso com prisão preventiva? Este homem esteve quase, quase a ser colocado com pulseira eletrónica em casa da mãe...quase!
       Mas, o que aconteceu foi que o povo, o povo fazia uma rebelião. O povo começou a movimentar-se. Os vizinhos começaram a movimentar-se... os vizinhos da mãe.
      E o juiz: "Alto! Alto que isto pode haver problemas! Prisão preventiva!"
      Prisão preventiva para o monstro!
      Este caso, passa-se no Porto. Este caso passou-se no Porto.
      Este é um monstro completo!
      Este caso está agora a ser julgado... vai ser julgado ainda...
      O Xerife Penas arrepia-se... arrepia-se só de pensar nele.

      Mas, Xerife Penas falou, tá falado!
  

     

terça-feira, 20 de março de 2012

PROGRAMA 20


Mata amigo por este lhe tirar a boina na brincadeira


      Nunca se tinha visto nada assim na pequena povoação de Pombal, concelho de Elvas.
      Zeferino Castelo.
      João Pimenta.
      Eram dois grandes amigos...
      Mas, será que eram dois grandes amigos?
      O que é que terá acontecido nesta localidade alentejana?
      Pois bem...
      João Pimenta era um homem muito complicado. Era muito turbulento. Era um homem que, ultimamente, se tinha tornado extremamente violento.
      Mas, afinal, o que é que teriam em comum estes dois homens? O que é que teriam em comum estes dois homens?
      Gostavam de jogar às cartas, gostavam de passar as tardes na taberna, gostavam os dois de beber...
      O Zeferino Castelo era um homem muito brincalhão. Nunca perdia o bom-humor...
      João Pimenta era exatamente o contrário. Quando estava com os copos, ninguém podia brincar com ele.
      Mas, o João Pimenta, de 52 anos, ultimamente, andava incontrolável... andava incontrolável.
      Mas, imaginem só isto...
      A GNR, que, várias, vezes, o apanhou com a caçadeira, várias vezes, a GNR teve conhecimento de que o João Pimenta ameaçava pessoas, ameaçava tudo quanto visse à frente,dizia que matava... dizia que matava... dizia que matava. A GNR nunca atuou... A GNR nunca atuou.
      Este homem, com os copos, era completamente louco, louco...
      Mas, o que é que terá acontecido? O que é que estava a acontecer na cabeça deste homem? O que é que estava a acontecer na cabeça deste homem?
      Este homem separou-se da mulher... este homem separou-se da mulher. Era muito violento, muito violento em casa. A mulher não esteve para o aturar mais e separou-se dele. Aí, o João Pimenta ligou-se mais ao álcool...ligou-se ainda mais ao álcool...
       Em Elvas e, mais concretamente, em Pombal, ninguém podia estar ao pé do João Pimenta que, de um momento para o outro, era zaragata... era zaragata.
       A GNR sabia mas não atuava... não atuava.
      João Pimenta, um dia, passou-se completamente... João Pimenta, um dia, passou-se completamente... O Zeferino Castelo, na brincadeira, tirou-lhe o chapéu da cabeça...
      Senhor bloguista, sabe o que é que isto deu? Sabe o que é que isto deu?
      O João Pimenta foi a casa buscar a caçadeira... foi buscar a caçadeira... Veio para a rua. Disparou contra aquele homem completamente indefeso.
      Pum!
      Pum!
      Pum!
      Três tiros!
      Matou-o!
      Zeferino Castelo ficou a esvaiar-se em sangue... Morto... morto!
      A GNR sabia do temperamento deste João Pimenta. Sabia que estava ali um assassino... sabia que podia estar ali um assassino... Ele tinha licença de uso e porte de arma... E ninguém se importou... ninguém... ninguém!
      E agora, meus amigos?
      Morre um homem.
      Temos uma viúva inconsolável.
      Temos dois órfãos, duas crianças que precisavam do único sustento da família...
      E agora? Agora? E agora, pergunto eu. E agora?
      Por que é que a GNR não atuou mais cedo? Por que é que as nossas autoridades demoram tanto tempo a atuar? Porquê?
      Este homem era tremendo, tremendo!
      O Xerife Penas não vai falar mais sobre este caso.

      Xerife Penas falou, tá falado!
    

Mata o pai, à catanada, por este o alertar para baixo desempenho escolar 


    Agora, senhor bloguista, memorize o que lhe vou contar... memorize o que lhe vou contar...
      É arrepiante! Aviso... é muito, muito arrepiante!
      João Jesus... era este o seu nome... João Jesus.
      Um rapaz de 16 anos.
      Pampilhosa da Serra.
      O que é que terá feito João Jesus para eu estar aqui a falar desta maneira...?
      João Jesus tinha 16 anos... Repare... O João Jesus era um miúdo... 16 anos...
      Você sabe o que fez este miúdo? Você sabe o que é que este miúdo fez?
      Matou o seu pai! Matou o seu pai!
      Mas, o que é que leva um miúdo de 16 anos a matar o pai? O que é que leva um miúdo de 16 anos a matar o seu próprio pai?
      Não dá para pensar...? Isto não é um caso que dá para pensar?
      Digo... Isto é um caso que é para pensar e muito... para pensar e muito!
      Quem era, afinal, o pai do João Jesus? O que é que ele era? Era bom pai? Era bom marido? Tinha outro filho? Gostava dos dois?
      Pois é...
      É difícil de entender...
      É que o pai do João Jesus era tudo isto. Era bom pai. Era bom marido.
      Mas, por que é que morreu? Por que é que morreu? Por que é que o filho mais novo matou o seu pai?
      Pois...
      O pai disse-lhe: "Ó rapaz, tu andas... tu andas com a cabeça fora do sítio! Tu estás a perder... tu estás a perder capacidade! Tu não és o mesmo estudante! O que é que se está a passar na escola? O que é que se anda a passar na escola que tu estás a ficar com mau aproveitamento?"
      E disse-lhe isto uma vez. Duas vezes. Um dia. Dois dias. Três dias. Uma semana. Um mês. Sempre... sempre... sempre.
      A mãe, coitada, entregava-se às tarefas domésticas, entregava-se também à sua vida profissional porque tinha outro emprego, não percebeu que havia uma falha de comunicação, aqui, entre pai e filho, a comunicação que sempre resultou entre o pai e o filho mais velho, mas não estava a resultar entre o pai e o filho mais novo. Eles trocavam palavras azedas... eles trocavam palavras azedas!
      E o que é que aconteceu? E o que é que aconteceu?
      Quando o pai dormia, o João Jesus, o seu filho mais novo de 16 anos, com uma catana, matou o pai... matou o pai! Praticamente, cortou-lhe o pescoço! Praticamente, cortou-lhe o pescoço!
      Este rapaz completamente tresloucado, completamente tresloucado...
      E agora imaginem...
      Andou 22 km a pé, de madrugada... andou 22 km a pé, de madrugada!
      Foi à GNR.
      Disse o que tinha acontecido... disse o que tinha acontecido.
      Os guardas não acreditavam... Os guardas não acreditavam!
      Mas, foram lá a casa.
      "Vão! Vão à minha casa! Eu matei o meu pai! Eu matei o meu pai à catanada! Eu matei o meu pai à catanada! Vão ver! O que pode agora acontecer...? Eu só tenho 16 anos! Será que vou ser incriminado?"
      Os guardas ficaram na dúvida...
      Foram.
      Mas, viram o pai completamente esvaído em sangue.
      A mãe ainda não tinha dado por nada. O filho mais velho também ainda não tinha dado por nada. Foram acordados pelas autoridades.
      Os vizinhos diziam: "Mas, como é que isso é possível? Mas, como é que isso é possível?
      Mas, aconteceu! Mas, aconteceu!
      Fica, aqui, mais um alerta. Fica, aqui, mais um alerta...
      Entre pais e filhos tem de haver comunicação... entre pais e filhos tem de haver comunicação!
      Agora, agora, vamos tentar ajudar o João Jesus... Ele ainda só tem 16 anos... Vamos tentar ajudá-lo! Ele vai ter de ser incriminado, obviamente... ele vai ter de ser incriminado. Mas, vamos ajudá-lo... vamos ajudá-lo, agora!
      Este caso está a ser julgado pelo tribunal competente. Vai haver uma sentença.

      Mas, o Xerife Penas falou, tá falado!
 


 
     
       

domingo, 18 de março de 2012

PROGRAMA 19





Perdoa a ex-mulher por o ter atropelado propositadamente


      Ambiente familiar completamente destruído... mas, mesmo completamente destruído.
      Uma médica, em Braga.
      Um engenheiro electro-técnico.
      Eram casados.
      Três filhos menores.
      Mas, imaginem o que é que aconteceu com esta médica e com este engenheiro electro-técnico...
      Desespero total.
      O homem não queria se separar dela. Ela queria se separar dele. Ele não estava a conseguir aguentar este ambiente.
      Os filhos, três filhos menores, sofriam. 
      Ele pendurou-se na janela do carro...
      Ela não esteve com contemplação. Arrancou. Arrancou. Levou-o de rastos. Levou-o de rastos. Tentou atropelá-lo.
      Os filhos choravam. Mas, ela arrancava... acelerava...
       Ele caiu.
      Foi para o hospital.
      Ficou todo partido. Mas, não morreu.
      Este engenheiro electro-técnico era um homem que gostava muito, que gostava muito daquela mulher, daquela mulher e dos seus filhos.
      Mas, a Glória Alves Moura, médica no Hospital de Braga, já não estava nessa... já não estava nessa... já não o queria mais.
      Mas sabe por que é que eu trago aqui este caso? Você sabe, sabe?
      É que este é um caso diferente... é um caso muito diferente dos outros casos que eu tenho trazido aqui. Na maior parte dos casos, o homem, o homem é que é o penalizado, é aquele a quem toda  a gente imputa a responsabilidade.
      Mas, este engenheiro electro-técnico adorava a mulher, adorava os filhos, não queria acabar com o casamento. A mulher, sim... a mulher queria.
      Mas, agora, reparem o que é que conteceu... reparem bem o que é que aconteceu...
      O homem, ferido no seu orgulho pôs a mulher em tribunal... ferido no seu orgulho, pôs a mulher em tribunal. Estava a tentar que ela o indemnizasse pelos danos causados. A indemnização era ainda elevada...
      Mas, repare... repare no coração de pai deste homem...
      Durante todo este processo, os filhos agarravam-se ao pai. Os filhos choravam: "Pai desiste da queixa. Não leves a mãe a tribunal. Pai, desiste da queixa!"
      A Glória Alves interiorizou todo o caso. A Glória Alves também começou a pensar nos filhos.
      E, na primeira sessão do julgamento, o engenheiro electro-técnico, mais uma vez, tentou fazer a conciliação. Pediu ao advogado para fazer a conciliação. O advogado da outra parte, da mulher, anuiu.
      Feliz feliz. Final feliz.
      Este caso não chegou a ser julgado. Este caso não chegou a ser julgado. Este caso terminou em bem. Ele desistiu de todas as queixas... ele desistiu de todas as queixas que tinha contra a mulher. E toda a gente já sabia que ele ia ganhar...
      Mas, disse-lhe: "Faço isto pelos meus filhos! Faço isto pelos nosso filhos! É por eles que eu estou a fazer isto. É por eles que eu vou acabar aqui com o caso. A ti, eu digo: saio da tua vida! Eu vou seguir a minha. Mas, os filhos são parte da minha vida também. Tu tens os teus filhos que são meus! É o nosso amor. é o meu amor que me une a eles que me está a fazer com que eu tome esta atitude!"
      O juiz, perante isto, só disse: "Excelente atitude que o Senhor está aqui a tomar. Excelente atitude que o Senhor está aqui a tomar. Os seus filhos vão ficar orgulhosos de si! Bem haja!"
      O Xerife Penas diz: "Bem haja!"

      E sobre este caso, o Xerife Penas falou, tá falado!

3 450 funcionários da Caixa Geral de Depósitos não vão sofrer quaisquer restrições salariais

    Agora, quem é que gosta de ser penalizado com os seus rendimentos do trabalho? Quem gosta de ser penalizado com os seus rendimentos... com os rendimentos do seu trabalho? Eu não gosto! Eu assumo aqui... eu não gosto!
      Mas, o caso que eu agora vos vou contar... o caso que eu agora vos vou contar passa-se no nosso país, passa-se no nosso pais. Eu não quero dizer que o meu país... eu não quero dizer, não quero ouvir dizer que o meu país, o país onde eu nasci, seja considerado uma República das Bananas. Eu não quero dizer isto... Mas, perante o caso, perante o caso que eu vos vou contar, eu tenho de dizer: isto está a ser uma República das Bananas.
      Se não veja...
      Caixa Geral de Depósitos...
      Veja bem...
      Eu ponho o nome... Caixa Geral de Depósitos.
      É ou não é um bano público? É ou não é um banco que gere a riqueza do país? É ou não é um banco que tem que gerir bem a riqueza do país?
      É...!
      Você sabe quantos funcionários tem a Caixa Geral de Depósitos?
      23 000... Tem 23 000 funcionários.
      Mas, isso não é mal nenhum. Eu digo... isso não é mal nenhum. Mas, agora, o que eu vos vou contar... isso sim! Isso é que me repugna! Isso é que me está a repugnar! É que eu também estou a ser penalizado com as novas leis! eu também estou a ser severamente penalizado com as novas leis.
      Os impostos que se paga são do trabalho. 
      Um autêntico roubo que nos estão a fazer...
      E, agora, imaginem...
      O banco público, o banco público arranjou uma maneira de fugir aos impostos! Mas, só arranjou para alguns... só arranjou para alguns... não foi para todos. Não foi para os 23 000... foi só para alguns. Mas, sabe para quantos foi? Sabe para quantos foi?
      15%...
      3 450 funcionários da Caixa Geral de Depósitos arranjaram maneira de fugir às suas contribuições salariais... arranjaram maneira... Para eles, as restrições salariais não vão caber!
       E sabe porquê?
      A administração geral, a administração geral da Caixa Geral de Depósitos é que propôs isto mesmo...
      Isto é uma barafunda total! Isto é uma barafunda total!
      Quem é que não se vai repugnar com isto? Quem? Quem? Quem, pergunto eu.
      Então, imaginem...
      3 450 funcionários da Caixa Geral de Depósitos, para fugirem aos impostos, para não serem penalizados nas suas contribuições salariais, sabe o que fizeram?
      Sabe o que a administração propôs?
      Aumentou-lhes... aumentou-lhes. Passaram para uma categoria superior. Passaram para uma letra superior. Aumentou-os de categoria. Passaram a ganhar mais dinheiro . E, assim, com o aumento do seu salário, engoliram completamente os descontos!
      Isto é a República das Bananas! É ou não é? Digam! Isto é ou não é?
      Quem é que não fica revoltado com isto? Quem é que não fica revoltado com isto?
      Isto passou-se! Isto passou-se! Isto passou-se na mesma semana em que o nosso Presidente da República disse que era pobre com 10 000 euros...
      Estão a gozar comigo! Estão a gozar comigo, de certeza! Só pode ser...! Estão a gozar comigo!
      Pois, é!
      Este caso é um caso, para mim, encerrado!

      Xerife Penas falou, tá falado!      


PROGRAMA 18


Idoso é assaltado, acorrentado e maltratado por jovem da sua confiança


    Homem é assaltado, espezinhado, muito, muito maltratado, acorrentado em Ponte de Lima.
      É verdade!
      Luís Correia era um homem de 84 anos. Um homem que se deslocava, muitas vezes, da sua freguesia de Freixo, no concelho de Ponte de Lima para a sede do concelho (Ponte de Lima).
      Era um homem que gostava muito de conversar. Era um homem bom que gostava, acima de tudo, de conversar nos cafés, na paragem do autocarro, no banco, sentado com alguns amigos que, entretanto, ia conhecendo. Gostava de jugar as suas cartas no jardim... Enfim,era um homem muito, muito conversador.
      Mas, havia também uma coisa que ele gostava de fazer que era conversar, mas com jovens, com jovens, com jovens. Ele passava-lhes a experiência de uma vida. Ele dizia aquilo que tinha sido. Ele dizia aquilo que tinha feito ao longo dos seus 84 anos. Luís Correia era bom, era um homem muito bom.
      Mas, nas conversas que ele tinha no banco dos jardins, na paragem do autocarro, nos cafés, ele conheceu um jovem. Um jovem que, para ele, era um jovem diferente, um jovem muito interessado, um jovem que perguntava quem ele era, o que é que ele tinha feito, onde é que ele morava, etc.
      Luís Correia, do alto dos seus 84 anos, de nada desconfiava...
      Luís Correia disse-lhe:
- Anda comigo, anda! Vamos no autocarro. Vais conhecer, vais conhecer a minha casa. Anda, vem comigo!
      Luís Correia fazia mesmo muita confiança neste jovem... muita confiança neste jovem, mesmo.
      Mas, o jovem dizia:
- Não... não... não... não, Senhor Luís! Eu não vou... não, não posso... tenho outros compromissos.
      Mas, o Luís Correia, sempre que ia à vila de Ponte de Lima, procurava falar com aquele jovem. Ele gostava dele... caiu-lhe no goto...!
      Até que, um dia, apareceu-lhe o jovem:
- Olhe, Senhor Luís, eu, hoje, vou consigo!
- Pronto! Vamos no autocarro!
      Entrou no autocarro sairiam na paragem que deveriam de sair. Mas, o jovem disse:
- Senhor Luís, espera aí! Eu, hoje, vou alugar-lhe um táxi. Vamos de táxi para a sua casa.
      E o homem cedeu e foi de táxi.
      Só que ele não sabia o que lhe ia acontecer... O Luís Correia.... o Luís Correia de 84 anos não sabia o que lhe ia acontecer...
      Depois de muitas conversas... muitas conversas, esse jovem já sabia de tudo da vida dele... Já sabia que ele tinha dinheiro. Já sabia que ele tinha ouro. Já sabia que ele tinha valores em casa...
      O táxi parou. Foi-se embora.
      E o jovem, mal o homem entrou dentro de casa, apontou-lhe uma pistola e disse-lhe:
- Isto é um assalto!
- Mas, o que é que tu me vais fazer?
- Eu vou assaltá-lo! Onde é que você tem o ouro? Onde é que você tem o ouro?
      O homem, atónito, não sabia o que é que fazia.
- Onde é que você tem o ouro? Onde é que você tem o ouro?
      O homem disse-lhe:
- Está ali! Está ali! Vai àquela gaveta! Vai àquela! Vai àquela!
- Espera aí... eu que você também tem dinheiro... Onde é que está o dinheiro? Onde é que está o dinheiro?
      Pontapé. Mais pontapé. Mais um soco. O homem não dizia, mais um soco. Amarrou-o, amarrou-o, pés e mãos. Amarrou-o à cama. Fez-lhe de tudo, tudo, tudo... Despiu-o completamente, inclusivamente...
      Encontrou o dinheiro. Roubou-lhe mil e quinhentos euros. O homem ficou praticamente na desgraça, sem nada... sem nada!
      Entretanto, chegou uma companheira, uma jovem de 20 anos. Também ajudou... também ajudou à festa!
      Prenderam-no.
      Levaram-lhe as chaves.
      Luís Correia ficou horas... horas... horas, ali. Não havia ninguém, ninguém que conseguisse salvar este homem. Mas, ele ainda ficou com algumas forças...
      Este homem que passou, provavelmente, algumas horas de completa aflição... ainda... ainda tinha algumas forças e conseguiu libertar-se das cordas, das amarras, telefonou para a GNR. A GNR arrombou a porta. E ele disse: "Assaltaram-me! Foi um indivíduo com quem costumo falar em Ponte de Lima... mas, eu não sei o seu nome... um moço para aí com vinte anos, veio com a namorada também a seguir... que ela apareceu aqui".
      Pois é...
      Luís Correia aprendeu uma lição... Luís Correia aprendeu uma lição. Não se pode dizer tudo... Não se pode dizer tudo a algumas pessoas!
      Este caso está a ser julgado no tribunal em Ponte de Lima. Este caso vai ter uma sentença.

      Mas, o Xerife Penas falou, tá falado!
       

Um jovem de 19 anos, um verdadeiro terror

   Agora, tome nota... Fixe bem as minhas palavras... Veja, agora, o caso que lhe vou contar...
     Pedro Lourenço, um jovem de 19 anos, um jovem que devia ser, como tantos outros, um jovem que devia ser um exemplo para outros jovens... ainda um jovem com 19 anos... no fundo, na flor da idade... Este Pedro Lourenço de Abrantes era um terror! Era um terror!
      Os relatórios que existiam sobre este jovem eram devastadores. Todos os organismos de apoio a famílias, da Segurança Social, dos tribunais... (o juiz, um dia, disse: "Você é completamente louco! Você é um jovem louco!") eram verdadeiramente assustadores... todos os relatórios, policiais, judiciais, onde estava o nome de Pedro Lourenço, este jovem de 19 anos.
      Imaginem...
      Este jovem de 19 anos, já fez mais de 100 assaltos... 100 assaltos!
      Imaginem...
      Vandalizou dezenas e dezenas de viaturas.
      Assaltos à mão armada. Assaltos altamente violentos. Violência extrema mesmo. Chegou inclusive a tirar partes do corpo das pessoas...
      Era os esticões a pessoas idosas. Era os esticões a meninas junto das escolas. Era tudo.
      Até o Presidente da Câmara de Abrantes viu o seu carro completamente vandalizado... Mas, ele vandalizou centenas... Não estou a mentir... Isto é verdade... centenas!
      Este moço era verdadeiramente tenebroso... mesmo, mesmo, mesmo.
      Mas, agora, repare...
      Como é que um jovem de 19 anos, em Abrantes, que não é um meio muito grande... como é que as autoridades atuaram perante ele? Como é que as autoridades atuaram perante ele? Ele era muito, muito conhecido... A policia prendia-o, entretanto, o rapaz ainda não tinha 18 anos, ia para uma associação, para um casa de correção. Passados uns dias, estava cá fora.
       A polícia prendia-o, ia para a mesma casa. Passados uns dias, estava cá fora.
       Mais um assalto. Mais um roubo violento.
      O Pedro Lourenço só não matou. Mas, não matou por mero acaso.
      Mas, onde é que estão as instituições deste país? Um jovem com 19 anos com este cadastro todo e ninguém o segura?
      Mas, como é que isto é possível?
      Ninguém o segura...!
      Isto é revoltante!        
      O Pedro, o Pedro continuou. Mas, o Pedro esqueceu-se que não tinha sempre 16 anos... o Pedro esqueceu-se de que não tinha sempre 16 anos!
      Ele foi subindo também na idade... 17, 18, 19 e, aos 19, a polícia voltou a dar em cima dele... voltou a dar em cima dele. Prendeu-o... prendeu-o, a ele, e a mais dois amigos... a ele e a mais dois amigos.
      E, agora, a comunidade local começou a pressionar: "Agora, tens que ser preso! Agora, tens que ir a julgamento!
      E foi o que aconteceu... foi o que aconteceu.
      O Pedro mais os dois compinchas foram presos. Foram julgados.
      Agora, o Pedro, com 19 anos foi sentenciado. Já tem uma sentença: onze anos de cadeia! Onze anos de cadeia! Foi a sentença e, digo eu: "Muito bem, Senhor Juiz!"
      Este homem, este moço (eu não vou dizer este homem)... este moço (só tem 19 anos) levou onze anos de cadeia.
      Mas, a atenção que eu chamo é para as nossas instituições. Isto não pode acontecer mais no nosso país! Não pode!

      Xerife Penas falou, tá falado!