domingo, 3 de novembro de 2013

A reforma do Estado por Paulo Portas

Se Paulo Portas tem um dom, é o de fazer sustar o país em vão...

Pois, tem um dom especial de fazer durar o suspense...

Primeiro foi: "saio" e a "minha decisão é irrevogável"... E... depois de ter provocado uma crise política estéril com consequências desastrosas para o país, voltou...!

Agora, assumiu a reforma do Estado, mostrando-a como a solução milagrosa para a recuperação do país. 

E...? Nada!

Em concreto, nada!

Ou melhor, tudo do mesmo: cortes de salários, despedimentos encapuzados, privatizações no setores mais delicados como os setores da saúde, da educação e Segurança Social.

Mas, claro que a reforma de Paulo Portas, não obstante a sua "humildade democrática", não podia deixar de fora a Constituição. 

Pois, Paulo Portas convive mal com a interpretação que o Tribunal Constitucional faz das medidas adotadas pelo governo.

Imagine-se que Paulo Portas pretendia que a Constituição prevesse uma norma "provisória" que atendesse ao facto de o nosso país estar sob a ajuda externa.

Ora, a Lei Fundamental deve ter um caráter de estabilidade e perenidade. 

Para além disso, Portas justifica-se dizendo que a Espanha não precisou de ajuda externa porque a constituição prevê uma norma limitadora do défice.

Mas, será é preciso ter essa norma para a cumprir? 

Por que razão, deveria a Constituição a prever se, na realidade, o governo é incapaz de a cumprir? 

Pois vejamos o que a História recente nos diz...

A Constituição também prevê a criação de regiões administrativas e essa norma ainda não foi cumprida. A Regionalização ainda é uma miragem e em todas as supostas reformas administrativas, o Governo tem fugido a sete pés da Regionalização... Porquê? Falam de fusão de municípios para supostamente reduzir a despesa do Estado, mas porque afastam a Regionalização? Porque não querem dar cumprimento à Constituição?

Sabem o que o Xerife Penas pensa? 



O Xerife Penas pensa que a inclusão da "regra de ouro", isto é a regra da limitação do défice orçamental seria só mais uma forma de "inglês ver", ou melhor para "credor ver"... Sim, porque ninguém, infelizmente iria acreditar! Assim como ninguém acreditou na irrevogabilidade da sua decisão de sair do governo...








Xerife Penas falou, está falado!