sábado, 31 de março de 2012

PROGRAMA 29




Mulher sequestrada e vítima de maus tratos durante anos



Polícia judiciária liberta idosa sequestrada .

É verdade!

Isto passou-se em Vila Real.

Mas, este caso tem contornos muito peculiares...

Sabem quem era o sequestrador? Você que está aí em casa é capaz de adivinhar quem é o sequestrador?

Era o seu próprio marido, um homem com 75 anos.







Este homem era o diabo para a sua própria mulher.

Esta senhora de Vila Real nunca soube o que era a alegria de viver em família. Este casal tinha vários filhos. A mulher amava-os. E o seu marido, praticamente, odiava-os. É verdade! É verdade! É uma expressão muito violenta. Mas, é o que este homem pensava dos filhos e pensava também da sua própria mulher. Ele é que mandava lá em casa e mais ninguém. Mais ninguém tinha voz ativa de dizer o que quer que fosse. Este homem levantava-se de manhã, ia trabalhar, chegava a casa, arranjava sempre uma discussão, sempre, sempre arranjava uma discussão... ou porque a comida ainda não estava feita, ou porque não estava quente, ou porque ele não gostava e...

Pumba! Batia na mulher!

Mais uma sapatada!

Mais um safanão!

Mais um pontapé!

Os filhos ainda menores, assistiam a tudo aquilo:

- Pai, não batas na mãe! Pai, não batas na mãe!

- Está calado, se não ainda levas um estalo!

Pumba!

E vinha outro:

- Tá calado, também levas outro estalo!

Pumba!

Anos, anos e anos...

Era um terror nesta casa de uma aldeia de Vila Real.

Este homem bruto, este homem desprovido de qualquer valor sentimental para os seus, este homem tratava as pessoas que viviam em casa dele como se fossem autênticos animais. Só ele é que contava... só ele é que contava.

Anos.

Décadas.

Décadas de sofrimento!

Os filhos, quando podiam, fugiam de casa.

Por sorte, por muita sorte, todos eles deram em bons cidadãos... todos eles deram em bons cidadãos.

Mas, havia uma coisa no interior deles. Havia uma dor muito grande no seu interior daqueles filhos: o sofrimento da mãe...

- Mãe, deixa o pai!

- Não!

- Mãe, anda comigo para casa! Deixa o pai aí sozinho!

- Não! Ele é vosso pai, apesar de tudo! Ele é o meu marido, apesar de tudo! Ele é o vosso pai, apesar de tudo!

Os filhos queriam ir ver a mãe, ele não deixava. Ameaçava-os: dizia que os matava, que pegava na caçadeira, que fazia e acontecia.  

Era um homem completamente fora do normal, este homem, este António de Vila Real.

Pois é...

Os vizinhos também tinham medo dele... os vizinhos também tinham medo dele... Ninguém conseguia fazer queixa dele a nenhuma autoridade. Era muito, muito complicado...

Mas, uma filha, um dia... um dia: "Não! Eu tenho que acabar com o sofrimento da minha mãe! Vai ser hoje! Vai ser hoje que eu vou ter que acabar com o sofrimento da minha mãe! Vai ser hoje"! E foi lá a casa. Mais uma vez, ele não queria deixá-la entrar. Ela não entrou. Mas, chamou a polícia.

Entretanto, veio a Polícia Judiciária. Percebeu o sofrimento que aquela mulher vivia: ela estava cheia de hematomas por todo o lado, todo o corpo era negro... todo o corpo era negro.

E a filha dizia: "É hoje! É hoje que tu te vais libertar! É hoje que tu te vais libertar! Agora, não tem retorno! Tu vais-te libertar agora! Estás a ouvir, mãe? Vais-te libertar agora"!

E assim aconteceu.

A Polícia Judiciária interveio... a Polícia Judiciária interveio e levou o homem preso.

Este homem está com pulseira eletrónica em sua casa.

A mãe, a mãe dos filhos, a sua própria mulher está entregue numa casa de uns familiares, de um dos seus filhos. Esta mulher libertou-se. Para esta mulher chegou o dia da libertação.

Ainda bem que aquela filha conseguiu ter a força de acabar com o sofrimento da sua mãe. Ainda bem!


Xerife Penas, sobre este caso, falou, tá falado! 



Populares caçam ladrão violento



Populares do Bairro da Graça, em Lisboa, caçam ladrão violento.

Pois é... Este caso tem-se vindo a repercutir um pouco por todas as cidades de Portugal, vilas e até aldeias... já tem acontecido isto em aldeias: o roubo por esticão.

Estes mafiosos, estes malandros escolhem a vítima. Muitas vezes, estão a estudar os hábitos da vítima: por onde ela passa, por onde ela anda, por onde é que ela vai...

Pois é...

Duas mulheres, duas amigas, curiosamente as duas da mesma idade, 66 anos, residentes no  Bairro da Graça, em Lisboa...

Sabem o que é que aconteceu a estas mulheres?

Foram assaltadas em plena via pública pelo método do esticão por um malandro, um grande malandro de 39 anos.

Pois...

Mas, isto não foi só o assalto... não foi só o esticão... Estas senhoras foram barbaramente agredidas por este monstro... foram barbaramente agredidas por este monstro! Pegou na cabeça de uma delas, bateu-lhe...

Uma...

Duas...

Três vezes contra uma parede.

Ela caiu, inanimada.

Uma senhora completamente indefesa de 66 anos...

A outra foi agredida ao pontapé, de qualquer maneira: à cotovelada, à sapatada... Mas, gritou!

Mas, aquela que estava no chão a esvair-se em sangue, essa não disse mais nada...

A outra gritava, gritava: "É ladrão! É ladrão"!

Pessoas que passavam, pessoas que passavam tiveram coragem: deram em cima deste monstro. Deram em cima deste monstro. Atropelaram algumas pessoas. Alguns quase que iam sendo atropelados....

Quase que esteve a ser agarrado. Voltou a fugir.

Mas, outro apareceu, outro popular apareceu e deu em cima dele. Passou-lhe uma rasteira. Ele caiu. Amarfanhou-o no chão... amarfanhou-o no chão. Segurou-o ali. Prendeu-o bem. Segurou-o fortemente.

Este bruto, este bruto tinha uma especial predileção por pessoas, pessoas idosas, por mulheres idosas e indefesas. Ele não queria meninas, ele só queria mulheres idosas.

Sabe porquê?

Porque as meninas traziam quase sempre pouco dinheiro... as mais meninas, as mais novas trazem sempre muito pouco dinheiro. As mais velhas, não... trazem um cordão, trazem anéis, trazem alianças, trazem voltas, trazem coisas em ouro! Era isso que ele queria.

Ele mesmo assim conseguiu roubar dois cordões em ouro às senhoras. Aquele homem que deu trás dele não conseguiu (era resistente)... não conseguiu apanhar este homem, este bruto, este ladrão violento. Mas, a seguir, a seguir, há um problema que ia ser um problema grave... A ira, a revolta popular... Quase que ia ser linchado este homem de 35 anos.

O bom senso imperou.

Havia um polícia por perto... Havia um polícia por perto... por acaso... por acaso... por acaso... O que, muitas vezes, não acontece nas nossas cidades... Mas, ali, apareceu um polícia que conseguiu manter a calma, algemou o ladrão. Prendeu-o.

Veio-se a saber que este homem de 39 anos já tinha no seu currículo vários assaltos todos eles a pessoas de 60 anos para cima.

Este homem está em prisão preventiva.

Vai haver um tribunal que o vai julgar.

Espero bem que, desta vez, para além dos murros, para além das escoriações que ele teve (porque houve alguns que lhe bateram e... eu, se estivesse lá, se calhar, fazia a mesma coisa...)... para além disso, espero que ele tenha aprendido a lição e que a sentença que o juiz vai decretar faça com que ele deixe de andar a assaltar as pessoas e passe a ser um cidadão normal.


Sobre este caso, o Xerife Penas falou, tá falado!





  







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