terça-feira, 27 de março de 2012

PROGRAMA 23



Enfermeiro do exército mata por ciúme

      Este caso é um caso complicado por duas ordens de razão. Eu, eu recuso-me a aceitar a Justiça que temos em Portugal... eu recuso-me a aceitar às vezes a Justiça que temos em Portugal! Estou a falar a sério... estou a falar a sério.
      Repare...
      Jorge Enes. Era um enfermeiro, um enfermeiro das Forças Armadas. Jorge Enes era casado om uma psicóloga. Um casal que tinha tudo para dar certo e deu certo durante muitos anos. Mas, Jorge Enes era muito, muito ciumento. Este homem era tremendamente ciumento. As relações entre o casal estavam más. Cada dia que passava, pior ficavam. Desavenças. Telefonemas com injúrias. Sms a tratarem-se, mutuamente, do pior e do piorio.
      Mas, o que provavelmente ninguém imaginava é que este caso viesse  ter o desfeche que veio a ter.
      Jorge Enes, um dia, telefonou à sua mulher. Esta atende a chamada. Estava a almoçar com um diretor do CTT, o Maurício Levi, o Maurício Levi de 67 anos.
      Mas, o que é que esta chamada teve de diferente? A mulher, a mulher do enfermeiro do exército esqueceu-se... não desligou o telemóvel... quarenta e tal minutos teve a chamada ativa... O telemóvel provavelmente em cima da mesa do restaurante onde estavam a almoçar... E o João Enes ouviu uns barulhos que, segundo ele, eram beijos que estavam a ser dados... que segundo ele eram beijos que estavam a ser dados...
      O homem perdeu a cabeça! O homem, logo ali, disse: "Eu vou matar este homem! Eu vou matar este homem"! E disse na sua cabeça... No seu subconsciente, ficou logo marcado: "Eu vou matar este homem"!
      Fez mesmo... e fez mesmo.
      O Jorge Enes esperou o Levi à saída, ainda, da garagem, já à saída da sua casa. E, para não utilizar uma arma que fizesse barulho, esfaqueou-o. Várias facadas. Vinte e uma facadas, foi quantos golpes o Levi recebeu. Facadas com raiva.
      O Jorge Enes fugiu no próprio carro da vítima. Andou com ele por vários sítios. Foi para a zona de Sintra. Abandonou-o numa ribanceira com o corpo dentro do carro. Atirou o carro com o homem lá dentro por uma ribanceira a baixo e o homem para lá ficou. Se não estava morto, acabou por morrer...
      Mas, agora, repare por que é que eu disse que recuso-me a aceitar algumas decisões dos nossos tribunais...
      O homem foi descoberto. A Polícia Judiciária entrou em ação. Prendeu o Jorge Enes. Levou-o a tribunal. O juiz de instrução criminal decretou a prisão preventiva. Aqui, tudo bem... aqui, tudo bem! Mas, o problema é que a prisão preventiva esgotou-se... o prazo para a prisão preventiva esgotou-se! Veio para prisão domiciliaria. O prazo também se esgotou. O assassino tinha dinheiro... o assassino tinha dinheiro... O assassino teve dinheiro para pagar um advogado... Recorreu. Está em liberdade!
       Reparem... Ele está em liberdade!
      O primeiro julgamento foi anulado. Ele apanhou 18 anos de cadeia... ele apanhou 18 anos de cadeia.Este assassino que confessou o crime está m liberdade.
      E sabe há quantos anos já se encontra em liberdade?
      Há quatro anos... já está em liberdade há quatro anos!
      Mas, agora, agora, o que é que nós vamos fazer aos tribunais...?
     Vai haver novo julgamento. Aliás, já houve novo julgamento... já houve novo julgamento. Falta... falta decretar a sentença. Porque, entretanto, o advogado volta a recorrer. Volta a não concordar com a acusação. Vamos andar nisto mais um tempo...
       O homem já praticou há um bom par de anos este crime e continua cá fora?! E continua cá fora!
      Dizem alguns técnicos que ele tem uns instintos assassinos...
      Mas, onde é que estamos?
      Pois é!
      Esperemos que haja uma decisão definitiva sobre este caso... esperemos que haja uma decisão definitiva sobre este caso.
      O Xerife Penas, sobre este caso, já falou, que , tá falado!

Reformas milionárias dos políticos

    Agora, senhor bloguista, vou contar um caso que são uma série de casos, na realidade... são uma série de casos em que eu me sinto tremendamente injustiçado... tremendamente injustiçado! Eu e a esmagadora maioria dos dez milhões de portugueses... Você já pensou... você já pensou... você que está aí em casa já pensou neste pormenor? Já pensou que num momento de crise, no momento em que todos os políticos apelam aos portugueses para apertarmos o cinto... alguns até têm a desfaçatez de dizer que nós somos piegas... E até não é que o Xerife Penas descobre que há mais de 400 ex políticos que estão a usufruir de reformas que se podem considerar milionárias.
      É verdade!
      Mais de 400 ex políticos que estão a usufruir de reformas que podem considerar milionárias!     
      Repare...
      Esta pessoa que vos escreve e, como ele, muitos milhões, cerca de 25%, 1/4 do seu ordenado vai para o IRS e para a Segurança Social...
      Como é que eu posso admitir que estas pessoas cujos alguns nomes, eu vou agora escrever, consigam ter uma reforma para toda a vida. Como é...?
      Olhe... Carlos Melancia, 9 150 euros por mês, por ter sido governador de Macau, Álvaro Barreto, 3 000 euros...
       Mas, o que é isto?
      Dias Loureiro, 2 400 euros, José Coelho, 2 400 euros, Carlos Carvalhas... Sabem quem era o Carlos Carvalhas? Era o secretário-geral do Partido Comunista... Vocês sabem qual é a reforma dele eternamente? 2 800 euros! Duarte Lima... o homem... sim, aquele que agora está preso... há vários anos, que o homem já recebe 2 200 euros do Estado para toda a vida!  
      Mas, o que é isto? Mas, o que é isto?
      Quem é que não pode estar indignado com isto? Quem é que não pode estar indignado com isto?
      António Vitorino, a Zita Seabra... sim aquela que andou do PC para o PSD... sim, a editora, 3 000 euros por mês também.eternamente, vezes 12 meses... eternamente! A Presidente da Assembleia da República, já disse, 8 000 euros, reformada desde o 42 anos!
      Mas, estamos a brincar... mas, estamos a brincar?
      Mas, vá lá... vá lá, vá lá... houve um politico, José Sócrates, em 2005, acabou com essas benesses. Mas, só para o vindouros, só para aqueles que chegaram depois de 2005. Porque estes todos já lá estavam antes. Estes continuam todos a receber o seu dinheirinho! Mais de 400!
      Portugueses que me estão a ler, sabem quanto isto é por ano? Sabem quanto isto é por ano?
      Vinte milhões! Vinte milhões!
      Mas, como é que eu posso aceitar... como é que eu posso aceitar isto? Como é que eu posso aceitar notícias que dizem: "PSP do Porto, cento e tal viaturas, não há dinheiro para as reparar", "GNR, jipes sem condições", "Guardas sem possibilidades de combater o grande crime", "Coletes à prova de bala, não há"? Mas, há vinte milhões por ano para pagar a estas pessoas... Mas, há vinte milhões por ano para pagar a estas pessoas!
      Como é que eu posso estar contente com isto? Como é que eu posso estar contente com isto?
      Revolta! Revolta! Revolta!
      Mas, o Xerife Penas vai continuar a olhar para as injustiças que se praticam neste país!
      Funcionário público que entrou há vinte aos para a carreira, foram-lhe retirados, agora, todos os direitos que eles tinham.
      Por que é que não tiram também a essas pessoas? Por que é que não tiram também a essas pessoas? Deviam baixar também essas reformas!
        Mas, o Xerife Penas é um defensor do povo!

      Xerife Penas falou, tá falado! 
        
     

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