quarta-feira, 18 de abril de 2012

PROGRAMA 39


Homem mata ex-mulher e enteado


Homem, em Torres Vedras, assassina a ex-mulher e o enteado.

Este homem bruto... este homem bruto... Desculpem-me dizê-lo!

O António Trigueiro era um homem que sempre deu mau viver à sua mulher, à Helena, de 50 anos, e também ao seu enteado, ao André Simões, de 24 anos, um excelente aluno do ISCTE de Lisboa.
 Este homem nunca percebeu na cabeça dele porque é que a mulher, a Helena, se tinha separado dele.
     
Mas, os amigos e os vizinhos desta família perceberam nitidamente... sabiam porquê...! Porque ela era vítima de maus tratos. No interior daquela casa, havia muita violência praticada pelo António Trigueiro sobre estas duas pessoas que ele acabou por matar.

Ao fim de dois meses de estar separada, a Helena começou a receber ameaças do seu marido: "Eu vou-te matar! Eu vou-te matar, a ti e ao teu filho, porque ele também tem culpa nisto! Eu vou-te matar"! - dizia. muitas vezes, por várias mensagens, por vários sms, por vários telefonemas, dizia o António Trigueiro à sua mulher. Mas, ela nunca acreditou que ele fosse capaz de cometer mesmo o crime.
Um dia, ele entrou em casa...Pegou num alter...
O André estava distraído...E ele, com o alter, desferiu-lhe uma valente pancada na cabeça. Matou-o.

A mãe, ao ver aquilo, começa a gritar. Mas, ele deu, logo, em cima dela. Amordaçou-a. Mas, como entretanto estava desarmado, não conseguiu fazer, logo ali, o crime. Mas, empurrou-a, trouxe-a para fora de casa. Meteu-a dentro do seu carro que era um jipe e, dentro do jipe, desferiu-lhe dois tiros na cabeça que acabaram por a matar.
Mas, agora, reparem n frieza deste homem...
     
Ele não tinha arquitetado na cabeça, na cabeça dele, que ia matar a mulher a tiro dentro do jipe. Não estava nos planos dele porque os planos dele era matar a mulher dentro do apartamento. Não conseguiu. Mas, logo ali, ele teve a cabeça suficientemente fria para a carregar novamente por dentro da casa e abandonar os dois corpos ali.

Lavou-se a ele, lavou o jipe. E, agora, o que é que ele pensa?

"Vou à esquadra. Vou dizer que vim a casa e que vi isto."

 A polícia até estava a acreditar na tese do António Trigueiro, estava, estava... Mas, não há crime perfeito!

Houve vizinhos que perceberam que ele entrou e saiu... entrou e saiu... entrou e saiu. E ele disse que só tinha entrado, viu aquilo, viu as duas mortes e saiu, saiu desnorteado, e foi à polícia.

Não condizia... Isto não foi correto.

Os vizinhos, logo, viram que ele estava a mentir... logo, viram que ele estava a mentir. A polícia, logo, viu que ele estava a mentir porque ele entrou e saiu mais do que uma vez de casa.

A polícia deteve-o.

O António Trigueiro foi presente ao juiz de instrução criminal e manteve a prisão preventiva. Veio, depois, a confessar ao juiz que tinha sido ele o autor das mortes.
     
O tribunal de Torres Vedras vai, um dia, proferir uma sentença...

 
Mas, sobre este caso, o Xerife Penas falou, tá falado! 



 Sete mil pessoas morrem por ano nos hospitais portugueses por troca de medicamentos

     Vou-vos contar um caso (vários casos, melhor dizendo) que eu nunca vi, nunca vi retratado em nenhuma comunicação social.
      Mas, no entanto, as investigações que a produção deste programa fez, levam-me a dizer que este caso... isto acontece em Portugal! Isto é verídico, aquilo que eu, agora, vou dizer...
      Isto vai estremecer... isto vai estremecer as pessoas que estão aí a ler. Até a mim, me faz estremecer...
      Quem é que nunca esteve num hospital, em Portugal? Quem? Quem é que nunca recorreu aos serviços de um hospital, em Portugal, para ser tratado? Quem? Quem nunca teve, na família, uma pessoa internada num hospital, em Portugal? Quem?
      Pois é...
      E, agora, repare...
     
Você sabia que há, por ano,7 000 pessoas que morrem nos nossos hospitais... 7 000... 7000 porque os medicamentos que lhes dão são trocados?
      É verdade!
      Arrepia ou não arrepia...?
      Sete mil pessoas morrem, por ano, por erro de medicação!
      É verdade!

      Aida Batista é presidente da Associação Portuguesa de Farmacêuticos Hospitalares. Foi ela que disse isto. E o INFARMED corrobora, o IMFARMED disse: "É verdadse!"
      Mas, alguma vez, vocês viram isto retratado na comunicação social? Já alguma vez viram um debate público sobre isto?
      A justificação que surgiu: "É culpa do sistema".
      É culpa do sistema?! É culpa do sistema?!
      O farmacêutico não conseguir perceber aquilo que o médico escreveu (costuma dizer-se:"tem letra de médico") e fornece o medicamento errado e esse medicamento é dado a esse doente é culpa do sistema?! O doente A tomar o medicamento que devia de ser para o doente B é culpa do sistema?! São erros informáticos?!
      São erros humanos! Digam com todas as letras: "São erros humanos"!
      Estes profissionais de saúde já admitem isso.
      Não tornam isto público porque têm medo de serem responsabilizados.
      Mas, não me venham dizer que isto é erro do sistema! Não me venham dizer que isto é erro do sistema!
      Mas, isto cabe na cabeça de alguém? Isto cabe na cabeça de alguém?
      Agora, sabem por que é que isto nunca veio num órgão de comunicação social... nunca houve um debate aberto na sociedade sobre isto?
      Porque admitem isto como normal... admitem isto como normal!
      E logo surgem as comparações: "Ah, noutros países ainda é pior. Nos Estados Unidos, são entre 40 e tal mil a 90 e tal mil que morrem assim, nestas circunstâncias!"
      Pois é! Pois é!

      Mas, eu agora digo: "Eu, agora, tenho muita pouca confiança. Eu, agora, quando tiver algum familiar, eu vou procurar saber quais são os medicamentos que ele está a tomar e se são os corretos. Eu vou exigir que me digam que medicamentos, que tipo de tratamento é que o meu familiar tem de ter".
      Sete mil, meus caros amigos... são sete mil pessoas que morreram por este erro... sete mil pessoas!
      Quarenta e tal mil, oitenta e tal mil, noventa e tal mil, nos Estados Unidos, representa muito menos que sete mil em Portugal.
      Este é um caso para toda a gente meditar...
      O Xerife Penas, sobre este caso, não vai falar mais.
     

O Xerife Penas falou, tá falado!  

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