terça-feira, 10 de abril de 2012

PROGRAMA 32






Bate no carro da mulher e dá-lhe cinco facadas


Bate no carro da mulher e dá-lhe cinco facadas.

É verdade!

Isto aconteceu em Torres Vedras.

Um homem completamente transtornado não conseguiu aguentar o ciúme da mulher. Bateu-lhe no carro e deu-lhe cinco facadas.


Mónica Vilela era uma cabeleireira muito bonita, uma cabeleireira de 37 anos, mãe de uma filha de 11. O Maurício era um operário da construção civil. Estiveram casados quase 11 anos. Mas, a Mónica não era feliz neste casamento. Só ele é que sabia e a sua filha de onze anos. O Maurício era um homem violento, era um homem que bebia, era um homem bruto. Mas, a Mónica sempre teve o cuidado de o defender . Sempre o defendeu perante a filha. Sempre o defendeu perante os seus pais, perante os seus familiares, perante todos os seus amigos. Mas, ela sofria... Ela sofreu imenso, imenso, imenso, imenso... Quase onze anos a sofrer maus tratos: pontapés, sapatadas, insultos... enfim... coisas inacreditáveis.
Um dia, ela, já cansada de tudo isto, desabafou com a filha:
- Filha, vou-me separar do teu pai!

E a filha disse:

-Olha que o pai já me disse que se um dia te separas dele, ele mata-te! Estás a ouvir? Ele disse-me que se tu te separas dele, ele mata-te!

- Filha, eu não consigo viver mais assim... eu não consigo viver mais assim!

A Mónica estava determinada. A Mónica abandonou o Maurício. Mas, o problema é que o Maurício estava determinado a fazer aquilo que disse à filha... Perseguiu-a. Perseguia-a por todos os lados.

E então o que é que o Maurício fez?

O Maurício, com o seu próprio carro, bateu no carro da mulher. Fez com que o carro dela capotasse. Saiu a correr, tirou-a de dentro do carro e espetou-lhe uma... duas... três... quatro... cinco facadas. Cinco facadas! Ali mesmo, em plena estrada, no centro de Torres Vedras.

A mulher ficou a esvair-se em sangue. E ele: "Vais morrer"! Ele olhava para ela: "Vais morrer, aqui, aqui. Deixaste-me mas também não és minha, não és de ninguém! Vais morrer"!

Gerou-se uma grande confusão. Veio a GNR. Vieram os bombeiros. A pobre Mónica estava ali, a esvair-se em sangue, entre a vida e a morte. Mas, os bombeiros e o INEM foram rápidos. Os médicos também entraram em ação rapidamente. E a Mónica, apesar de várias facadas, não morreu. Mas, neste momento, ainda luta, ainda luta pela vida. Ainda está agarrada por um fio ténue. E ainda pode transportar-se para a vida...
O Maurício não se arrependeu. Entregou-se à GNR, depois à Polícia Judiciária... foi entregue à Polícia Judiciária.

Este caso está entregue à Polícia Judiciária para investigação.

O tribunal de Torres Vedras vai, um dia, proferir uma sentença.

E o Xerife Penas, sobre este caso, falou, está falado!


   A promiscuidade na sociedade portuguesa

 

Um caso que prova a promiscuidade que existe na sociedade portuguesa. É um caso que faz enervar as pessoas... faz mesmo enervar as pessoas e leva as pessoas a acreditarem que, afinal, a Justiça portuguesa, às vezes e muitas vezes, é muito injusta e, se calhar, por causa de casos como estes que agora vos vou contar...

O Sindicato dos Magistrados do Ministério Público...

É isso mesmo... o Sindicato dos Magistrados do Ministério Público...

Sabem o que é que o sindicato, os dirigentes deste sindicato fizeram? 

Vai haver, agora, eleições...

Promoveram um congresso num hotel de luxo no Algarve.
Mas, contra isso, nada tenho, o Xerife Penas nada tem... Ninguém tem nada contra isto...

Mas, se não tivesse nada contra isto, eu não estava aqui a falar neste caso...

O problema é que tenho... o problema é que tenho coisas a apontar aqui... Eu tenho aqui coisas a apontar, coisas graves, coisas graves, coisas graves!

Sabem que, para este congresso, foram convidados jornalistas...

E disseram assim aos jornalistas: "Vocês podem vir, podem trazer familiares vossos. Vão usufruir de um programa altamente luxuoso. Vão poder fazer um cruzeiro pela costa algarvia de três dias. Vão poder almoçar, jantar tudo quanto vos apetecer".

Mas, que promiscuidade é esta? Mas, que promiscuidade é esta?

Mas, não acaba aqui esta promiscuidade... Familiares dos congressistas também foram convidados, também usufruíram de toda esta bagunçada, de todo este bem-bom todo.

Mas, quem não gosta disto? Também gostava... eu também gostava de ter ido...

Mas, se tivermos em conta que quem está a organizar isto é um sindicato dos magistrados do Ministério Público, agentes da Justiça em Portugal a terem toda esta promiscuidade, acha isto correto? Você que está aí em casa, acha isto correto?

Pois...

Mas, você ainda não sabe tudo sobre este caso... ainda não sabe tudo sobre este caso!

Quem foram os patrocinadores deste congresso? Já fez essa pergunta? Pois, eu vou-vos responder...

Quem patrocinou este congresso foi a banca e grandes empresas portuguesas... a banca e grandes empresas portuguesas!

Mas, agora, onde é que fica a idoneidade destas pessoas? Isto não é promiscuo? Isto não é promiscuo?

Claro que é! Claro que é!

Muitas vezes, não é preciso ser-se sério, é preciso mostrar-se que se é sério!

Eu, agora, quero ver quando algumas dessas empresas, alguns desses bancos que patrocinarem este congresso tiverem processos em tribunal em que os diretores deste sindicato forem os profissionais do Ministério Público que estejam lá nesse julgamento... Eu quero ver se eles vão ser ou não pressionados... eu quero ver se eles são ou não pressionados...

Poder-me-iam dizer que isto é um problema de consciência. Poder-me-iam dizer que isto não faz mal, que isto não é nenhum crime. Mas, é promíscuo! É promíscuo!


Mas, sobre este caso, o Xerife Penas falou, tá falado! 



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