segunda-feira, 21 de maio de 2012

Marrocos - Alentejo, as rotas da droga

O Xerife Penas teve conhecimento de uns casos, cada vez mais frequentes de tráfico de droga que se tem realizado por via aérea entre o norte de África (Marrocos) e Portugal (Alentejo).


Pois é…


As planícies do Alentejo são propícias à construção de pistas de aterragem para aviões de pequena dimensão que possam voar a baixa altitude e assim escaparem à vigia dos radares aéreos.

Assim, a GNR e a Força Aérea têm vindo a fiscalizar os céus e as terras planas alentejanas e a fazer o levantamento das pistas de terra batida onde é possível aterrar no Alentejo.

"Muitas dessas pistas são caminhos abertos no interior de herdades", diz um oficial da GNR que pede para não ser identificado.



Mas, mais do que isso, as autoridades vêem-se a braços com uma realidade em constante alteração, na medida em que a configuração e localização dos terrenos e herdades alentejanas, até pela sua desertificação, permitem a construção diária de novas pistas que são logo abandonadas e substituídas por outras. O que dificulta de sobremaneira o trabalho das nossas autoridades.





Pois é…

Mas, nem sempre as coisas correm bem neste correio da droga... Nem sempre estes pilotos do crime conseguem fugir aos radares… Por vezes, os controladores de serviço nos postos de radar da Força Aérea conseguem detetar o sinal de um avião que sabem estar a voar à margem da lei. E, de imediato, acionam a parelha de caças F16 de alerta na Base de Monte Real, nos arredores de Leiria que levanta voo no seu encalço e o interceta. Foi precisamente o que aconteceu em Novembro de 2010, em plena Cimeira da NATO, em Lisboa, um F16 interceptou um desses aviões da droga e obrigou-o a aterrar no Aeródromo de Vila Real de Santo António.


Mas, estes aviões da droga têm algo de especial.. Não são aviões comuns, mas sim modificados.


Pois é…


Os motores são modificados de forma a permitirem descolagens com maior peso de carga, e são-lhes colocados tanques suplementares de forma a permitirem uma maior autonomia de voo, para facilitar alguma alteração de rota, caso seja necessário, como por exemplo, para fugir às autoridades. Assim, segundo uma fonte policial, "cada aparelho, apenas com um piloto, pode carregar em segurança 500 quilos de heroína ou cocaína”.

E assim, porque se trata de pilotos experientes e aventurosos, muitas vezes, a viagem compensa o risco.
Pois é… se fizermos as contas, valendo, na rua, meia tonelada de heroína ou cocaína cerca de 250 mil euros e o transportador - o piloto, que na maior parte das vezes é o dono do avião - cobrando pelo menos 10 ou 15 por cento, cada voo clandestino entre Marrocos e o Alentejo rende-lhe entre 25 e 37 000 euros!


E, por ser rentável é que o negócio continua em clara expansão…!


É portanto, tempo de pôr cobro a este tipo de negócio criminoso!


O Xerife Penas sabe que existem planos para a instalação de radares móveis ao longo das rotas de intrusão pelo Guadiana - radares que permitam seguir de perto qualquer avião não identificado. E, por isso, o Xerife Penas espera que essa instalação seja realizada o quanto antes de forma a libertar os nossos céus do correio do crime.






Xerife Penas falou, tá falado!

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